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Varejo e serviços devem abrir 95 mil vagas temporárias para o fim de ano, 11 mil a menos que no ano passado, diz CNDL/SPC

Pesquisa aponta que a maioria das contratações será sem carteira assinada; média da remuneração é de R$ 1.648. Comércio e serviços terão menos vagas temporárias no fim de 2022, diz CNDL
Os setores do comércio e de serviços preveem a abertura de 94,7 mil vagas temporárias até o final do ano. O levantamento foi realizado em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.
O número veio abaixo da projeção da pesquisa de 2021 (105.723 vagas), quando havia otimismo relacionado à atenuação da pandemia e o retorno à vida “normal”. E também é menor que o de 2019 (103.211 vagas).
Os principais motivos entre os que não irão contratar são não acreditar em aumento significativo da demanda que justifique as contratações (35%), não ter verba suficiente para contratações (25%) e consideram encargos trabalhistas muito altos (19%).
Já entre os empresários que pretendem contratar temporários, 77% justificam que há demanda no período.
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Maioria planeja contratações sem carteira assinada
Entre as empresas que farão contratações temporárias, 78% farão contratações com duração de até 3 meses.
Considerando a forma da contratação, 49% afirmam que farão contratações informais (sem carteira assinada) e 48% farão contratações com registro. Outros 14% farão contratações de terceirizados.
A média de funcionários contratados temporariamente será de 1,5 por empresa.
Vendedor, ajudante e balconista têm mais vagas
As funções mais demandadas pelas empresas serão vendedores (29%), ajudantes (24%), balconistas (16%), cabeleireiros (7%), manicures (7%) e entregadores (6%).
As mulheres são preferidas (25%) em relação aos homens (17%), embora a maioria (55%) afirme não se importar com o sexo dos funcionários.
Mais da metade das empresas (61%) prefere jovens de 18 a 34 anos – a faixa etária média é de 28 anos.
A expectativa média de salário é de 1,36 salários-mínimos, cerca de R$ 1.648. A maioria (63%) ofertará vagas para jornada de trabalho entre 6 horas e 8 horas diárias.
De acordo com os empresários, 30% pretendem iniciar as contratações em outubro, 26% em novembro e 17% em dezembro.
Queda nas demissões
Apesar da redução no número de vagas que devem ser criadas, a pesquisa aponta que 87% dos empresários não fizeram demissões nos últimos 3 meses, 10 pontos percentuais a mais em relação ao ano passado.
De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados afirmam que pretendem manter o número de funcionários para o 2º semestre, enquanto 16% pretendem aumentar o quadro de colaboradores. Já 26% dos empresários afirmam que já contrataram ou pretendem contratar funcionários para o final de ano.
“A diminuição do número de vagas que serão abertas mostra um cenário de cautela e incertezas por parte dos empresários, o que pode estar ligado ao momento do país, com cenário eleitoral, inflação alta e elevação da taxa de juros. Ao mesmo tempo, vemos o crescimento do PIB e que as empresas estão demitindo menos, o que traz alívio para os funcionários e aponta uma maior estabilidade do desemprego no país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.g1 > EconomiaRead More

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