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Com cem menores mortos, ONU chama atenção para a situação das crianças na Ucrânia

O impacto da guerra na Ucrânia sobre milhares de crianças foi discutido numa reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quinta-feira (12), em Nova York. Até o momento, estatísticas oficiais apontam cem menores mortos no país em virtude do conflito.

Segundo Omar Abdi, vice-chefe do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o número de crianças feridas no conflito e vítimas de outras violações de direitos humanos pode ultrapassar uma centena, e o número de mortos tende a ser maior que o anunciado devido à subnotificação.

Abdi disse que, além da violência física, o sistema educacional na Ucrânia também está sob ameaça. Desde fevereiro, o ano letivo foi interrompido, e uma em cada seis escolas apoiadas pelo Unicef no leste da Ucrânia foi danificada ou destruída neste ano.

Os centros educacionais passaram a ser usados como centros de informação e abastecimento, abrigo ou até para fins militares, atrasando o retorno das crianças às aulas.

Deslocados ucranianos que receberam abrigo na Polônia em função da guerra (Foto: Michal Korta/Unicef)

Há também relatos de centenas de escolas atingidas por forte artilharia, ataques aéreos e outras armas explosivas em áreas povoadas. Na semana passada, o ataque a uma escola que abrigava ucranianos que fogem da violência foi condenado pela ONU e por outras organizações internacionais, com relatos de dezenas de mortos.

Direito à educação

No ano passado, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução condenando ataques a escolas e defendendo o direito à educação. Agora, o Unicef pediu “coragem, disciplina e vontade política” para proteger as instituições de ensino no país.

A agência da ONU ressalta que a guerra na Ucrânia também impacta crianças de todo o mundo, que sofrem as consequências da alta no preço dos alimentos e combustíveis.

Civis evacuados

A vice-subsecretária-geral para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, destacou o sucesso da operação de evacuação de civis, em Mariupol.

No entanto, ao citar que mais de 14 milhões de ucranianos fugiram de suas casas desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, ela afirmou que resgatar 600 pessoas somente na região ainda não é fazer o suficiente.

Msuya reforçou que, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, as partes devem respeitar todas os civis e suas infraestruturas, como casas, escolas e hospitais.

Por isso, ela fez um apelo para que eles sejam poupados e novas evacuações sejam possíveis. Também pediu para que as partes removam as barreiras ao movimento de pessoal humanitário para garantir a prestação contínua de serviços de assistência em todo o país.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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Com cem menores mortos, ONU chama atenção para a situação das crianças na Ucrânia

O impacto da guerra na Ucrânia sobre milhares de crianças foi discutido numa reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quinta-feira (12), em Nova York. Até o momento, estatísticas oficiais apontam cem menores mortos no país em virtude do conflito.

Segundo Omar Abdi, vice-chefe do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o número de crianças feridas no conflito e vítimas de outras violações de direitos humanos pode ultrapassar uma centena, e o número de mortos tende a ser maior que o anunciado devido à subnotificação.

Abdi disse que, além da violência física, o sistema educacional na Ucrânia também está sob ameaça. Desde fevereiro, o ano letivo foi interrompido, e uma em cada seis escolas apoiadas pelo Unicef no leste da Ucrânia foi danificada ou destruída neste ano.

Os centros educacionais passaram a ser usados como centros de informação e abastecimento, abrigo ou até para fins militares, atrasando o retorno das crianças às aulas.

Deslocados ucranianos que receberam abrigo na Polônia em função da guerra (Foto: Michal Korta/Unicef)

Há também relatos de centenas de escolas atingidas por forte artilharia, ataques aéreos e outras armas explosivas em áreas povoadas. Na semana passada, o ataque a uma escola que abrigava ucranianos que fogem da violência foi condenado pela ONU e por outras organizações internacionais, com relatos de dezenas de mortos.

Direito à educação

No ano passado, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução condenando ataques a escolas e defendendo o direito à educação. Agora, o Unicef pediu “coragem, disciplina e vontade política” para proteger as instituições de ensino no país.

A agência da ONU ressalta que a guerra na Ucrânia também impacta crianças de todo o mundo, que sofrem as consequências da alta no preço dos alimentos e combustíveis.

Civis evacuados

A vice-subsecretária-geral para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, destacou o sucesso da operação de evacuação de civis, em Mariupol.

No entanto, ao citar que mais de 14 milhões de ucranianos fugiram de suas casas desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, ela afirmou que resgatar 600 pessoas somente na região ainda não é fazer o suficiente.

Msuya reforçou que, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, as partes devem respeitar todas os civis e suas infraestruturas, como casas, escolas e hospitais.

Por isso, ela fez um apelo para que eles sejam poupados e novas evacuações sejam possíveis. Também pediu para que as partes removam as barreiras ao movimento de pessoal humanitário para garantir a prestação contínua de serviços de assistência em todo o país.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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