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Antes de um ano de mandato, presidente do Equador pede a renúncia de gabinete

O Equador vive uma onda de violência nas prisões: membros de grupo deixaram 350 detentos mortos desde fevereiro de 2021 em massacres que figuram entre as piores da América Latina. Guillermo Lasso durante entrevista em 26 de abril de 2022
Santiago Arcos/Reuters
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, pediu a renúncia de seu gabinete nesta quinta-feira (28), às vésperas de completar seu primeiro ano de mandato, anunciou a secretaria de Comunicação.
O presidente pretende renovar seu ministério. A princípio, ele vai nomear novos titulares para as pastas de Minas e Energia, de Agricultura e Pecuária, e Direitos Humanos. Nesta terça-feira, ele mudou o da Defesa.
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“O governo, em seu primeiro ano de gestão, está realizando uma avaliação de todo o seu gabinete e efetuando as mudanças que considere pertinentes em função da melhor execução do Plano de Criação de Oportunidades 2021-2025”, afirmou a secretaria de Comunicação.
O primeiro ano de mandato foi marcado por uma crise carcerária.
Lasso “solicitou as renúncias dos ministros” de forma protocolar, para revisar os “melhores perfis do país, que direcionem as instituições do Executivo a garantir o bem-estar de cada cidadão de forma integral”.
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O governo, que não destacou quando nem quem será nomeado para as diferentes pastas, agradeceu o “aporte e compromisso dos ministros em fim de mandato no processo de construção de um Equador de oportunidades para todos”.
Lasso viajou nesta quinta-feira para a fronteira com o Peru. Na sexta, ele vai se reunir com seu colega peruano, Pedro Castillo.
Defesa, a primeira mudança
Na terça e sem informar a causa, o então ministro de Defensa, Luis Hernández, renunciou ao em meio ao embate do narcotráfico, que derivou em altos níveis de criminalidade e os piores massacres carcerários no país.
Nesse mesmo dia, o presidente tomou o juramento do general reformado Luis Lara, que foi chefe do comando conjunto das Forças Armadas entre 2019 e 2021.
Lasso, que em 24 de maio próximo cumprirá o primeiro de seus quatro anos de governo, disse então pelo Twitter que “a trajetória (de Lara) ao serviço dos equatorianos reflete seu profissionalismo. Confio plenamente em seu aporte positivo à segurança do país”.
O governo declarou uma guerra contra o narcotráfico. Houve um crescimento da criminalidade nas ruas e enfrentamentos pelo poder entre presos membros de grupos que deixam 350 detentos mortos desde fevereiro de 2021, em massacres que figuram entre as piores da América Latina.
O ministro do Interior em fim de mandato, Patricio Carrillo, admitiu na semana passada que o Equador atravessa uma “crise de insegurança” vinculada à criminalidade, que este ano provocou a morte de 1.180 pessoas.
Em 2021, o país apreendeu um recorde anual de 210 toneladas de drogas, principalmente de cocaína.
No primeiro quadrimestre de 2022, as apreensões ultrapassaram as 75 toneladas, informou na terça-feira Lasso, um ex-banqueiro de direita que governa com uma oposição dispersa, mas que detém a maioria na Assembleia Nacional.
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