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‘Avó nazista’ que negou o Holocausto é condenada a 1 ano de prisão na Alemanha

Ursula Haverbeck recorreu a outras duas condenações, em 2017 e 2020, por negar que judeus foram mortos em campos de concentração durante o nazismo. Ursula Haverbeck ao lado de seu advogado em tribunal de Berlim
Reuters/Paul Zinken/Pool
Um tribunal de Berlim, na Alemanha, condenou nesta sexta-feira (1º) uma alemã de 93 anos a 12 meses de prisão por negar que judeus foram sistematicamente assassinados durante o Holocausto.
Chamada “avó nazista”, Ursula Haverbeck é uma conhecida figura do negacionismo alemão e havia entrado com um pedido de recurso para duas condenações anteriores, em 2017 e 2020.
Segundo a decisão da corte, Haverbeck “provoca danos às memórias de milhões de pessoas assassinadas pelo regime nazista”.
“Você não é uma pesquisadora do Holocausto, você é um negacionista do Holocausto”, disse a sentença. “Isso não é conhecimento que você está espalhando, isso é veneno.”
Haverbeck afirmou repetidamente que o campo de extermínio de Auschwitz era apenas um campo de trabalho – o que já foi desmentido por vários historiadores incansavelmente.
É sabido que pelo menos 1,1 milhão de judeus foram assassinados dentro deste campo de concentração pelos oficiais nazistas.
No total, seis milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas entre 1940 e 1945.
Haverbeck já pagou várias multas e cumpriu pelo menos 30 meses por crimes semelhantes. Ainda cabe recurso da decisão.
‘Revisionismo histórico’
Em seu site, Ursula Haverbeck aparece como “representante do revisionismo histórico” e se orgulha de ser uma “intrépida combatente pela verdade”.
Ela foi casada com Werner Georg Haverbeck, um militante de extrema-direita que morreu em 1999.
Juntos, eles fundaram um suposto estabelecimento de ensino conhecido como um centro de formação de negacionistas – a instituição foi banida em 2008.g1 > MundoRead More

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