Em fevereiro, investimentos estrangeiros diretos são os maiores em cinco anos
No mês retrasado, investimentos estrangeiros somaram US$ 11,8 bilhões. Já as contas externas registraram déficit de US$ 2,4 bilhões no mesmo período. Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 11,8 bilhões em fevereiro deste ano, informou nesta sexta-feira (29) o Banco Central.
Trata-se do maior valor desde janeiro de 2017, quando atingiram US$ 12,4 bilhões, segundo a série histórica da instituição. Ou seja, em pouco mais de cinco anos.
O ingresso de recursos no país, em um momento no qual os países desenvolvidos ainda apresentavam taxas de juros mais baixas, foi um dos fatores apontados por especialistas pela queda do dólar nos últimos meses.
No fim de fevereiro, mesmo em meio às tensões pela guerra na Ucrânia, a moeda norte-americana estava por volta de R$ 5,15, após fechar 2021 em R$ 5,60. Nesta quinta-feira (29), o dólar estava em R$ 4,94.
Nos dois primeiros meses deste ano, ainda segundo o Banco Central, os investimentos estrangeiros somaram US$ 16,6 bilhões, com alta de 34% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 12,3 bilhões).
Em todo o ano passado, os investimentos estrangeiros no país totalizaram US$ 46,441 bilhões. A previsão do BC é de que, em 2022, eles cheguem a US$ 55 bilhões.
Contas externas
Ainda segundo o Banco Central, as contas externas registraram um rombo de US$ 2,4 bilhões em fevereiro deste ano. No mesmo período do ano passado, o déficit havia somado US$ 4 bilhões.
Já no primeiro bimestre deste ao, a conta de transações correntes registrou um resultado negativo de US$ 10,5 bilhões, com queda na comparação com o mesmo período de 2021 (-US$ 12,3 bilhões).
O resultado em transações correntes, um dos principais sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
De acordo com o BC, a queda no déficit das contas externas neste ano está relacionado uma melhora na balança comercial, que teve superávit de US$ 2 bilhões no primeiro bimestre. Entretanto, a conta de serviços registrou um déficit de US$ 3,2 bilhões e as remessas de lucros e dividendos ao exterior totalizaram US$ 5,4 bilhões (contra US$ 2,1 bilhões no mesmo período de 2021).
Para todo ano de 2022, a expectativa do Banco Central é de uma melhora nas contas externas. A estimativa da instituição é de um superávit de US$ 5 bilhões. Se confirmado, será o primeiro saldo positivo desde 2007.g1 > EconomiaRead More