RÁDIO BPA

TV BPA

Vantagem de Macron sobre Le Pen nas pesquisas se amplia antes do 2º turno de domingo na França

Emmanuel Macron e Marine Le Pen vão fazer um debate na quarta-feira, o único do segundo turno das eleições na França. Macron fala de riscos da extrema direita em comício na França
A liderança do presidente da França, Emmanuel Macron, nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial do país, em 24 de abril, aumentou ainda mais nesta terça-feira, com três pesquisas o colocando no nível mais alto desde antes do primeiro turno.
Compartilhar pelo WhatsApp
Compartilhar pelo Telegram
Uma pesquisa da Ipsos apontou vitória de Macron com 56,5% dos votos, 0,5 ponto acima de sexta-feira e 3,5 acima dos 53% de 8 de abril, dois dias antes do primeiro turno, no qual Macron e a candidata de extrema-direita Marine Le Pen avançaram para o segundo turno.
Leia também
Sob críticas, aliados de Le Pen baixam tom sobre proposta de proibir véu usado por muçulmanas na França
Como a candidata Marine Le Pen mudou sua imagem e passou a encarnar uma mãe francesa que ama seus gatos
Uma pesquisa da Opinionway colocou Macron com 56% dos votos, 2 pontos acima de sexta-feira. Em uma pesquisa do Ifop, o apoio a Macron nas intenções de voto subiu para 55%, 0,5 ponto a mais do que na segunda-feira e 3 pontos a mais que no dia 8 de abril.
Homem observa cartazes dos candidatos a presidente franceses Emanuel Macron e Marine Le Pen, no dia 11 de abril de 2022
Ludovic Marin/AFP
A pontuação média de Macron nas três pesquisas subiu para 55,83%, uma alta de mais de 3 pontos em comparação a uma média de 52,7% de cinco pesquisas em 8 de abril.
Macron venceu as eleições de 2017 com 66,1% dos votos, também contra Le Pen, mas a corrida agora está muito mais apertada, com Macron sofrendo com críticas por sua gestão da crise da Covid-19 e por suas políticas econômicas.
Debate entre os dois candidatos
Os dois reservaram esta terça-feira (19) para a preparação do crucial debate televisivo de quarta (20), com a esperança de fazer pender a balança presidencial a seu favor, a cinco dias do segundo turno na França.
“Vou me preparar para o debate em minha casa, como faço para todos os debates”, disse Marine Le Pen, que na segunda-feira se encontrou com eleitores na Normandia, no noroeste do país, antes de encarar a reta final de sua terceira campanha presidencial.
A candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, discursa na sede do seu partido em Paris, neste domingo (10).
Francois Mori/AP
O debate de 2017 foi terrível para a candidata de extrema-direita, criticada por ser agressiva e estar despreparada na ocasião. Poucos dias depois, ela admitiu um erro estratégico, um mea culpa que reiterou na atual campanha.
Macron aproveitou a segunda-feira de Páscoa, feriado na França, para conceder três entrevistas a emissoras de rádio e televisão, nas quais chamou a atenção para dois assuntos: a abstenção de eleitores e as consequências de uma eventual chegada da extrema-direita ao poder.
“Pensem no que falavam os cidadãos britânicos algumas horas antes do Brexit ou nos Estados Unidos antes da votação em (Donald) Trump: ‘Não vou comparecer, qual o sentido?’ Posso dizer que no dia seguinte se arrependeram”, afirmou ao ele canal France 5.
Macron tem tentado caracterizar Le Pen como uma radical. No primeiro turno, ela conseguiu evitar a a imagem de política radical ao evitar temas como a migração ou a segurança.
Após um primeiro turno discreto e no qual se apresentou como defensora do poder aquisitivo, Le Pen, 53 anos, busca agora tranquilizar os franceses sobre seu eventual governo. Ela afirma, por exemplo, que comandará a França como uma “mãe de família”.
Novo impulso
O debate programado para a noite de quarta-feira será mediado pelos jornalistas Gilles Bouleau, do canal privado TF1, e Léa Salamé, do canal público France 2.
Esse será o primeiro dessas eleições que vai contar com Macron, que se recusou a encontrar os rivais no primeiro turno.
Candidatos que ficaram para trás
Os candidatos desejam atrair os adeptos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, o terceiro mais votado no primeiro turno (21,9%) e que pediu a seus eleitores que não concedam nenhum voto a Le Pen, mas sem pedir voto diretamente para Macron.
Com base neste apelo, uma pesquisa entre mais de 200 mil pessoas que apoiaram a candidatura de Mélenchon mostrou dois terços a favor do voto nulo, em branco ou da abstenção no segundo turno. O terço restante defendeu o voto no atual presidente.
Emmanuel Macron chega para fazer seu discurso na sede da campanha em Paris neste domingo, 10.
Thibault Camus/AP
Para tentar convencê-los, Macron deu um passo atrás em sua principal proposta – aumentar a idade mínima da aposentadoria de 62 a 65 anos. Um dia após o primeiro turno, ele se declarou aberto a aumentar para 64 anos.
Ele também tenta se livrar da imagem de “presidente dos ricos” e se apresenta, há algumas semanas, como alguém próximo. Uma das demonstrações mais recentes é uma fotografia sem camisa, deitado em um sofá, depois de um comício em Marselha.
A maioria dos candidatos derrotados no primeiro turno pediu voto para Macron ou contra Le Pen. Esta última também tem a rejeição de sindicatos, atletas e atores
A cinco dias do segundo turno, o presidente recebeu o apoio de seu pai, Jean-Michel Macron, que em uma entrevista ao jornal “L’Est républicain” disse que tem “muita admiração” por seu filho e que os franceses são “muito ingratos” a respeito de seu primeiro mandato.
Se Macron for reeleito, o primeiro-ministro, Jean Castex, anunciou que apresentaria a demissão do governo alguns dias depois, sem esperar as eleições legislativas de maio, porque na sua opinião é necessário um “novo impulso”.
Veja os vídeos mais assistidos do g1g1 > MundoRead More

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *