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Anistia Internacional e Human Rights Watch pedem libertação de artistas cubanos que criticaram governo da ilha

Um artista visual e um rapper podem enfrentar penas de 7 e 10 anos por terem feito críticas ao presidente cubano. Carros revirados em Havana após protestos contra o governo de Cuba, em julho de 2021
YAMIL LAGE / AFP
A Anistia Internacional e a Human Rights Watch, duas das principais organizações de direitos humanos do mundo, pediram nesta quinta-feira (26) ao governo de Cuba a libertação imediata e incondicional de dois artistas que estão presos e que serão julgados por terem participado de manifestações e criticado o presidente da ilha, Miguel Díaz-Canel.
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Otero Alcántara, artista visual, e Castillo Pérez, rapper também conhecido pelo nome artístico “Osorbo”, estão em prisão preventiva há quase um ano. O Ministério Público cubano pediu penas de 7 e 10 anos de prisão, respectivamente.
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Alcántara é membro de um grupo chamado Movimento San Isidro, fundado para condenar a censura do governo. Ele foi detido em 11 de julho de 2021, após publicar um vídeo em que dizia que iria participar dos protestos pacíficos que estavam ocorrendo naquele dia em toda a ilha.
Castillo Pérez é um dos autores de “Patria y Vida”, uma música que critica o governo cubano e se tornou o hino dos protestos. Ele foi preso por agentes de segurança no dia 18 de maio de 2021.
Críticas de grupos internacionais
A diretora em exercício da Human Rights Watch para as Américas, Tamara Tarciuk Broner, afirmou que os dois estão sendo processados por “exercer seu direito humano de criticar seu próprio governo”.
As duas organizações defensoras dos direitos humanos pedem aos governos da América Latina e da Europa que monitorem o julgamento e exijam a libertação dos artistas.
“É um país onde mais de 700 pessoas, incluindo alguns menores de 18 anos, estão encarcerados simplesmente por se expressar. É de suma importância que esses julgamentos estejam sujeitos ao escrutínio internacional”, diz Erika Guevara-Rosas, diretora para as Américas da Anistia Internacional, em nota.
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“O processo contra Otero Alcántara e Castillo Pérez é parte de um padrão muito mais amplo de abusos sistemáticos contra artistas cubanos e outros críticos do governo”, denunciam as ONGs, que pedem às autoridades cubanas que retirem “todas as acusações destinadas a silenciar manifestantes e críticos”.
Mais de 700 pessoas detidas durante essas manifestações seguem presas, de acordo com o grupo cubano de direitos humanos Cubalex.
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