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China prende cardeal de 90 anos por ser crítico ao regime do Partido Comunista

O cardeal Joseph Zen era um dos administradores de um fundo para auxiliar pessoas detidas em manifestações em Hong Kong. Foto de agosto de 2021 mostra o cardeal Joseph Zen na esquerda
Isaac Lawrence/ AFP
O cardeal católico Joseph Zen, que é crítico do regime comunista chinês, foi preso em Hong Kong com base na Lei de Segurança Nacional, informaram nesta quarta-feira (11) fontes policiais e judiciais da ilha.
O Vaticano manifestou preocupação com a detenção de Zen, bispo emérito de Hong Kong, de 90 anos.
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Ele é um dos administradores de um fundo, agora dissolvido, de ajuda aos manifestantes detidos durante os protestos pró-democracia que aconteceram em Hong Kong há três anos.
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“A Santa Sé recebe com preocupação a notícia da prisão do cardeal Zen e está acompanhando o desenvolvimento da situação com extrema atenção”, disse o diretor da assessoria de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
A Casa Branca pediu a libertação imediata dos defensores da democracia detidos em Hong Kong, incluindo o cardeal católico romano.
“A liberdade de expressão é fundamental para sociedades prósperas e seguras”, disse a subsecretaria de imprensa da Casa Blanca, Karine Jean-Pierre.
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O cardeal Zen criticou recentemente a decisão do Vaticano de firmar um compromisso com a China sobre a designação de bispos no país comunista.
Defensor da democracia, ele também já se pronunciou várias vezes a favor dos direitos da comunidade LGBTQ.
Em 2020, Joseph Zen fez um alerta para o risco da repressão sobre as correntes democráticas em Hong Kong minar a liberdade religiosa na ex-colônia britânica. “Em todo o mundo vemos que quando retirada a liberdade da população, a liberdade religiosa também desaparece”, afirmou na ocasião.
Outro detido
O acadêmico Hui Po-keung também foi preso na terça-feira no aeroporto de Hong Kong. Ele é especialista em questões culturais, e ia viajar a um país europeu para um trabalho universitário.
A detenção de Hui por foi determinada por Pequim em resposta às manifestações pró-democráticas. O governo chinês argumenta que ele esteve em conluio com forças estrangeiras.
A Justiça de Hong Kong determinou nesta quarta-feira que os promotores podem qualificar os organizadores da vigília anual pela matança na Praça Tiananmen como agentes estrangeiros, sem precisar revelar para quem os acusados supostamente trabalham.
Durante três décadas, a agora dissolvida Aliança de Hong Kong celebra vigílias para recordar as vítimas da repressão de 1989 contra manifestantes pró-democracia na praça de Pequim.
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