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Dólar inverte sinal e fecha em queda após Fed descartar ajuste maior nos juros

Nesta quarta-feira (4), a moeda norte-americana recuou 1,26%, a R$ 4,90. Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira *4)
REUTERS/Bruno Domingos
O dólar teve uma reviravolta na tarde desta quarta-feira (4) e fechou em queda contra o real, depois que o chefe do banco central norte-americano jogou um balde de água fria nas apostas mais agressivas do mercado sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve.
A moeda norte-americana recuou 1,26%, cotada a R$ 4,90. Veja mais cotações. Na máxima de sessão, chegou a marcar R$ 5,0356. Na mínima, foi a R$ 4,8925.
Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 2,14%, a R$ 4,9625. Com o resultado desta quarta, passou a acumular queda de 0,86% no mês e de 12,10% no ano frente ao real.
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Em coletiva de imprensa desta quarta-feira, realizada após o Fed elevar sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmou que as autoridades de política monetária não estão considerando intensificar ainda mais a dose de aperto em suas próximas reuniões, para 0,75 ponto percentual, como temiam alguns agentes financeiros.
De acordo com a agência Reuters, sua fala aliviou instantaneamente a maioria dos mercados de ativos arriscados do mundo, que tendem a sofrer em ambientes menos estimulativos e de liquidez reduzida nos Estados Unidos.
O Fed não fazia uma elevação dessa magnitude desde maio de 2000. A decisão veio dentro do esperado pelo mercado financeiro.
À noite, após às 18h30, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciará a a nova taxa básica de juros da economia brasileira, que deverá ser elevada em 1 ponto percentual, para 12,75%.
Se confirmado, este será o décimo aumento seguido da Selic, o que levará a taxa ao maior patamar desde janeiro de 2017, quando estava em 13% ao ano. O mercado financeiro vê o ciclo de altas próximo do fim e projeta uma Selic em 13,25% ao ano no final de 2022.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
Um aumento dos juros tem vários reflexos na economia como encarecimento do crédito e do custo da dívida pública. Com um financiamento mais caro, empresas podem também passar a investir menos, impactando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.
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