Em operação relacionada a assassinato de promotor paraguaio, Colômbia prende piloto ligado a organização criminosa do Brasil
A polícia colombiana investiga se os responsáveis pela morte do promotor paraguaio Marcelo Pecci tem alguma relação com organizações criminosas internacionais, inclusive uma brasileira. Imagem da prisão de Diego Maurício Blanco em Bogotá, em 17 de maio de 2022
Reprodução/Redes Sociais
A polícia da Colômbia prendeu nesta terça-feira (17) Diego Mauricio Blanco, um piloto de avião que prestava serviços para uma organização criminosa brasileira que teria feito negócios com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a polícia da Colômbia, Blanco era ligado a um líder criminoso brasileiro chamado Luiz Carlos da Rocha, que foi preso em 2017. Também segundo a imprensa colombiana, Luiz Carlos teria sido sucedido por João Soares da Rocha, dono de fazendas, aviões, postos de combustíveis e até um hangar, que foi detido em Palmas, no Tocantins, em 2019.
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De acordo com o jornal “El Tiempo”, da Colômbia, o PCC é um dos grupos que eram investigados pelo promotor paraguaio Marcelo Pecci, assassinado durante sua lua-de-mel numa ilha colombiana. Blanco, um colombiano, estava tentado se dissociar de seus vínculos com a quadrilha de Luiz Carlos da Rocha: ele tentava não chamar muita atenção.
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No entanto, suspeita-se que entre março de 2017 e outubro de 2018 ele fez 23 voos para transportar droga (teriam sido 400 quilos de cocaína em cada viagem).
Blanco deve ser extraditado para o Brasil nos próximos dias.
Morte do promotor paraguaio
O promotor paraguaio Marcelo Pecci foi assassinado no dia 10 de maio na ilha de Baru, perto da cidade de Cartagena, na Colômbia.
Ele e a mulher estavam viajando para comemorar a lua de mel. A esposa do promotor, a jornalista Claudia Aguilera, está grávida.
Imagem de Marcelo Pecci do site do Ministério Público do Paraguai
Reprodução/Ministério Público do Paraguai
A principal hipótese da justificativa desse assassinato é que o crime foi cometido porque, no Paraguai, Pecci combatia organizações transnacionais. O PCC é uma das organizações que ele investigava.
No entanto, a polícia colombiana não disse, até o momento, qual é o grupo que eles presumem ser o responsável pela morte de Pecci.
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Outras pessoas que podem ser extraditadas
Além de Blanco, outros 16 suspeitos que são procuradas em outros países foram presas na Colômbia. O país deve extraditar pessoas para Portugal, Itália, Espanha, Peru e República Dominicana. A maioria delas é suspeita de tráfico de drogas ou lavagem de dinheiro.
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