Grupo americano pró-armas culpa ‘criminoso solitário e transtornado’ por massacre no Texas; em 2021 foram 61 ataques semelhantes
A Associação Nacional do Rifle afirmou que compromete a ‘redobrar o compromisso para fazer com que as escolas sejam seguras’. Massacre no Texas: o que já sabemos sobre ataque em escola
A Associação Nacional do Rifle (NRA), o grupo de lobby pró-armas mais poderoso dos Estados Unidos, culpou nesta quarta-feira (25) um “criminoso solitário e transtornado” pelo massacre na escola do Texas, em meio a novas críticas ao grupo por promover a posse de armas.
Compartilhe pelo WhatsApp
Compartilhe pelo Telegram
Na reunião anual deste fim de semana em Houston, “nos comprometeremos a redobrar nosso compromisso para fazer com que nossas escolas sejam seguras”, disse a NRA em uma breve declaração, sem mencionar que o atirador, um jovem de 18 anos, pôde comprar legalmente o fuzil de assalto usado no tiroteio.
Leia também
FBI fez alerta sobre tendência de alta de ataques em massa na véspera de massacre no Texas
Imagem do encontro de 2019 da NRA, a principal associação dos EUA pró-armas de fogo
Lucas Jackson/Reuters
Ao menos 19 crianças e 2 professoras morreram no massacre a uma escola de ensino fundamental da cidade de Uvalde, no Texas, na terça-feira (24).
O ataque é considerado o mais mortal do país desde o tiroteio em escolas desde 2012, quando houve um massacre na escola Sandy Hook que deixou 20 crianças e 6 adultos mortos a tiros.
O assassino do Texas, um homem de 18 anos, morreu no local após trocar tiros com a polícia. As motivações do crime ainda são desconhecidas. Pouco antes do massacre, o atirador atirou contra a avó e fugiu de carro, causando um acidente.
Ataques em massa estão mais frequentes
Um dia antes do massacre no Texas, o FBI divulgou um documento em que fazia um alerta para a alta de casos de ataques em massa nos Estados Unidos.
Segundo o “New York Times”, o órgão afirmou, na segunda-feira (23), que em 2021 houve 61 ataques semelhantes ao do Texas. Na soma, 103 pessoas morreram e 130 ficaram feridas.
É uma alta de 52% em relação ao número de 2020, e quase o dobro do número de ataques de 2017.
Quase todos os ataques foram executados por homens —dos 61 assassinatos em massa do ano passado, apenas um foi cometido por uma mulher.
A idade desses assassinos varia entre 12 e 67 anos.
As armas usadas nesses crimes são geralmente compradas de forma legal. Frequentemente, no entanto, os assassinos alteram as armas para conseguir efetuar mais disparos em pouco tempo.
O FBI identificou uma tendência entre os agressores: mais deles estão indo a mais de um local para executar seus ataques.g1 > MundoRead More