Mais de 100 milhões de pessoas precisaram ser deslocadas à força no mundo, diz ONU
Balanço, da Acnur, incluem refugiados, requerentes de asilo e deslocados dentro de seus próprios países. Refugiados deixam a Ucrânia pela fronteira da Moldávia
REUTERS/Nacho Doce
Mais de cem milhões de pessoas foram expulsas de suas casas em todo o mundo, disse a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) nesta segunda-feira (23). O número, um recorde, inclui pessoas que tiveram que fugir da violência, de conflitos, de perseguições e violações de Direitos Humanos no mundo inteiro.
Os dados do ACNUR incluem tanto as pessoas que se deslocaram para outros países, que atualmente são refugiados ou requerentes de asilo, e as que tiveram que ir para outras regiões dentro de seus próprios países.
A guerra na Ucrânia foi um dos fatores que levaram milhões de pessoas a fugir, disse a Acnur, acrescentando que conflitos prolongados em lugares como a Etiópia e a República Democrática do Congo foram outros fatores por trás dos altos números.
“É um recorde que nunca deveria ter sido estabelecido”, disse o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, em comunicado enviado a jornalistas. “Isso deve servir como um alerta para resolver e prevenir conflitos destrutivos, acabar com a perseguição e abordar as causas subjacentes que forçam pessoas inocentes a fugir de suas casas.”
Grandi pediu ações para lidar com as causas do deslocamento, dizendo que a ajuda humanitária estava apenas tratando as consequências.
“Para reverter essa tendência, a única resposta é paz e estabilidade para que pessoas inocentes não sejam forçadas a jogar entre o perigo agudo em casa ou a fuga precária e o exílio”, acrescentou.
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