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Médico que vendia ‘kit de tratamento’ com hidroxicloroquina para combater Covid-19 é condenado à prisão nos EUA

Jennings Ryan Staley contrabandeou hidroxicloroquina e mentia que a droga era um tratamento ‘100% eficaz’ contra a Covid-19. Ele ofereceu o tratamento a um agente do FBI que se passou por um cliente interessado. Imagem de Jennings Staley sem data
Reprodução/Redes Sociais
Um médico dos Estados Unidos foi condenado pela Justiça do país por ter contrabandeado e vendido hidroxicloroquina como uma droga dentro de um “kit tratamento” para Covid-19.
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A sentença foi dada na sexta-feira (27). O condenado se chama Jennings Ryan Staley. A Justiça deu a ele uma pena de 30 dias preso em uma cadeia e um ano em prisão domiciliar.
Imagem de texto de divulgação do Departamento de Justiça dos EUA sobre médico que vendia hidroxicloroquina
Reprodução
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No ano passado, o médico já havia se declarado culpado por importar a droga de um negociante chinês fingindo que se tratava de “extrato de batata”.
Veja abaixo um vídeo sobre uma paciente que morreu após tratamento com hidroxicloroquina.
Paciente com Covid morre em Manaus após passar por tratamento com hidroxicloroquina
Ele também confessou que a ideia era vender “kits de tratamento” para Covid-19 em março e abril de 2020.
Staley ainda procurou investidores para o esquema, de acordo com a promotoria: ele prometia triplicar o dinheiro em 90 dias.
Um agente do FBI se passou por um cliente interessado em conversar com Staley. O médico disse ao agente que o kit com hidroxicloroquina era uma cura de 100%, uma bala mágica, uma arma fantástica e “quase boa demais para ser verdade”.
Kits vendidos por médico Jennings Staley como se fossem cura para Covid-19
Reprodução/Departamento de Justiça dos EUA
Staley afirmou que o “kit tratamento” daria imunidade de seis semanas.
O agente do FBI pagou US$ 4.000 pelor “kits de tratamento”.
Imagem de comprimidos de hidroxicloroquina; médico americano foi parar na prisão por causa da droga
Jornal Nacional
Sem saber que ele havia vendido “kits tratamento” a um agente do FBI, o médico foi entrevistado por outros agentes que se identificaram. Na entrevista, ele negou que havia afirmado que o “kit” que ele vendia era uma cura com 100% de eficácia —não só negou o que havia dito, como ainda disse que tal afirmação “seria tolice”, de acordo com a promotoria.
Em março de 2021 a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma diretriz na qual pede fortemente que a hidroxicloroquina não seja usada como tratamento preventivo da Covid-19.
No Brasil, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou diretrizes duas vezes sobre o assunto, em maio e dezembro. Nas duas vezes, a comissão afirmava que não se devia usar remédios como a cloroquina, a azitromicina, a ivermectina e outros medicamentos sem eficácia para tratar a doença – tanto em ambulatórios (casos leves) como em hospitais, quando o paciente está internado.
No entanto, o Ministério da Saúde do governo do Brasil rejeitaram as diretrizes do Conitec.
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