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Namorada de jornalista contrário ao governo de Belarus é condenada a 6 anos de prisão por ‘incitar ódio social’

Russa de 24 anos foi detida em 2021 depois que o avião em que estava com seu namorado fazer pouso forçado em Minsk. Sofia Sapega, namorada de jornalista contrário ao governo de Belarus, durante julgamento
Leonid Shcheglov/AP
Um tribunal de Belarus condenou nesta sexta-feira (6) Sofia Sapega, namorada de um jornalista detido na Bielorrússia no ano passado, a seis anos de prisão por incitar o ódio social, disse o grupo de direitos humanos Vyasna.
A cidadã russa de 24 anos estava com seu namorado Roman Protasevich, um blogueiro dissidente crítico do líder bielorrusso Alexander Lukashenko, em um voo da Ryanair de Atenas (Grécia) para Vilnius (Lituânia) em maio de 2021, quando foi desviado para Minsk pelas autoridades bielorrussas.
Belarus disse na época que ordenou que o avião pousasse após uma denúncia anônima de que havia uma bomba a bordo. A ameaça de bomba revelou-se falsa e Protasevich e Sapega foram imediatamente detidos.
Sofia Sapega, namorada de jornalista contrário ao governo de Belarus, durante julgamento
Leonid Shcheglov/AP
O desvio de seu voo provocou indignação internacional e levou a União Europeia e os Estados Unidos a impor mais sanções à Belarus.
“Sinto muito por Sofia e sua família. Ninguém deve sofrer com a ditadura”, escreveu no Twitter a líder da oposição do país, Sviatlana Tsikhanouskaya, após o veredicto desta sexta-feira.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Sapega receberá assistência, mas se recusou a comentar a sentença em si.
“Ela é cidadã da Rússia, então, de qualquer forma, por meio de nossos diplomatas e outros canais, continuaremos a proteger seus interesses legítimos”, disse ele a repórteres em uma teleconferência.
Peskov se recusou a dizer que a condenação foi justa.
Roman Protasevich
Alexander Lukashenko, presidente da Belarus, e Roman Protasevich
Nikolai Petrov/BelTA/Handout via Reuters e Reuters/Stringer
O namorado de Sapega, Roman Protasevich, ainda não foi julgado e o status da investigação contra ele não é claro.
O blogueiro, que fugiu da Bielorrússia em 2019, trabalhou como editor no canal Nexta Live, com sede na Polônia, no aplicativo de mensagens Telegram. O canal, que é abertamente hostil a Lukashenko, desempenhou um papel importante na transmissão e coordenação de grandes protestos da oposição em 2020.
Os protestos em massa foram desencadeados pela raiva pelo que a oposição disse ser uma eleição presidencial fraudada que deu a Lukashenko seu sexto mandato no poder.
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