Polícia recaptura a maioria dos fugitivos após motim em prisão no Equador
Equador vive uma onda de rebeliões em cadeias. No motim mais recente, 44 presos foram assassinados. Foto em presídio do Equador onde houve rebelião em 9 de maio de 2022
Ministério do Interior do Equador/AFP
A maioria dos 220 prisioneiros do Equador que escaparam na segunda-feira (9) de uma prisão no país foi recapturada, de acordo com um informe da polícia nesta terça-feira.
Os detentos fugiram durante um motim. Outros 44 presos foram mortos no tumulto.
O general Geovanny Ponce, chefe de operações policiais, disse que 200 dos 220 fugitivos foram recapturados. Ele disse que as patrulhas e postos de controle da polícia e dos militares que conseguiram prender os detentos.
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Ponce indicou que, entre os 44 mortos, há dois venezuelanos.
Até agora já foram identificados 41 corpos, disse o delegado. Ele descreveu a situação atual do presído como de “total tranquilidade”.
Ponce disse que o governo oferecerá recompensas de até US$ 3.000 (cerca de R$ 15 mil) para quem fornecer informações sobre os 20 detentos que ainda estão desaparecidos.
No confronto, uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas atacou uma quadrilha rival e matou seus integrantes com facas. Dez presos ficaram feridos, além de um policial.
Este é o sexto massacre em uma prisão no Equador registrado desde fevereiro de 2021, elevando para quase 400 o número de prisioneiros mortos em tumultos violentos dentro das prisões.
Como medida para conter a violência, seis líderes de gangues foram transferidos para dois presídios de segurança máxima.
O governo do presidente Guillermo Lasso atribui os massacres ao confronto entre grupos ligados ao narcotráfico que disputam o território para distribuição de drogas dentro e fora dos presídios.
Para conter a situação, o governante implementou a transferência de presos perigosos, promoveu indultos para reduzir a população carcerária, destinou um orçamento às prisões e criou uma comissão de pacificação, que, em seu mais recente relatório, chamou as prisões equatorianas de “adegas para seres humanos e centros de tortura”.
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