Primeiro julgado por crimes de guerra, soldado russo é condenado à prisão perpétua na Ucrânia
Justiça ucraniana anunciou sentença nesta segunda-feira (23). Soldado, de 21 anos, atirou contra um civil que andava de bicicleta em uma cidade perto da Kiev, em fevereiro. 1º julgado por crimes de guerra, soldado russo pede perdão a mulher de civil que matou
O sargento russo Vadim Shishimarin, 21, foi condenado nesta segunda-feira (23) à prisão perpétua por ter atirado contra um civil ucraniano em um vilarejo próximo a Kiev. O caso é o primeiro crime de guerra a cometido desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, a ser julgado no país.
Shishimarin é oficialmente o primeiro criminoso de guerra da investida da Rússia da Ucrânia.
Segundo a denúncia da Procuradoria-geral da Ucrânia, Vadim Shishimarin atirou de um carro contra um ucraniano de 62 anos que andava em uma rua do vilarejo de Chupakhivka, nos arredores de Kiev, em 28 de fevereiro, apenas quatro dias após o início da invasão russa na Ucrânia.
O soldado russo Vadim Shishimarin, de 21 anos, participa de audiência em que é julgado em Kiev por crimes de guerra na Ucrânia, no dia 18 de maio de 2022
Vladyslav Musiienko/Reuters
Ele alegou que atuou por ordens do comandante de sua equipe, que fugia de soldados ucranianos.
No julgamento, na semana passada, Shishimarin reconheceu o crime e pediu perdão à viúva da vítima, que acompanhava o julgamento. Ele respondia por crime de guerra e homicídio premeditado.
“Sei que você não poderá me perdoar, mas, mesmo assim, peço perdão”, afirmou na ocasião o sargento russo.
O caso é o primeiro de ao menos 10.000 suspeitas de crimes de guerra que a Ucrânia disse ter identificado desde o início dos ataques da Rússia ao país.
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