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Principal opositor de Putin anuncia que será julgado por novo caso

Condenado na semana passada a nove anos de prisão, Alexei Navalny afirmou que responderá também por criar organização extremista e pode pegar até 15 anos. Navalny abraça esposa Yujia durante julgamento na Rússia
Denis Kaminev
Navalny abraça esposa Yujia durante julgamento na Rússia
Denis Kaminev
Principal opositor do presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ativista Alexei Navanly anunciou nesta terça-feira (31) que será novamente julgado pela Justiça russa.
Navalny, que já foi envenenado, concorreu às eleições contra Putin e hoje está preso, já respondeu por dois processos judiciais. O último deles, concluído na semana passada, terminou com a condenação do opositor a nove anos de prisão por suposta fraude e desacato. Antes disso, ele havia sido condenado a dois anos e meio de prisão em outro processo.
Em uma rede social, o ativista anunciou o novo caso, no qual é acusado de haver criado uma organização extremist e incitado o ódio a autoridades russas. Caso seja declarado culpado, afirmou Navalny, sua pena aumentará para 15 anos de prisão no total.
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Navalny está preso em um campo prisional perto de Moscou. Em um dos processos, ele foi acusado por violações de condicional, após ter ido à Alemanha para se curar de um envenenamento em 2020. Na ocasião, ele foi transferido de um hospital na Rússia para outro em Berlim, onde passou vários meses em tratamento.
O opositor lidera um movimento fortemente reprimido nos últimos anos pelo governo russo, que ordenou sua proibição e persegue seus líderes até hoje.
Processo na prisão
O opositor político, de 45 anos, nega as acusações e afirma que o governo russo de politiza e manipula os processos judiciais,
Ontem, a revista norte-americana “Time” publicou um texto de Navalny sobre Putin, dentro da lista anunal das cem pessoas mais influentes do mundo da publicação, na qual o presidente russo aparece.
Navalny está preso na colônia penal de Pokrov, a 100 km ao leste de Moscou. O processo iniciado em fevereiro foi realizado na própria penitenciária, o que foi criticado pelos simpatizantes de Navalny como uma forma de limitar a divulgação do julgamento.
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