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Rússia afirma que mercenários israelenses combatem ao lado do batalhão ucraniano Azov

Acusação alimenta mal-estar entre Israel e Rússia criado nos últimos dias. Membros da guarda ucraniana nacional ‘Azov’ e ativistas participam de um protesto em Kiev, na Ucrânia, contra as eleições locais em áreas controladas por rebeldes pró-russos do leste do país
Gleb Garanich/Reuters
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que “Mercenários israelenses” estão lutando na Ucrânia ao lado do batalhão Azov, que Moscou classifica como “nazista”.
“Vou dizer algo que os políticos israelenses, sem dúvidas, não querem escutar, mas que talvez seja do interesse deles. Na Ucrânia, mercenários israelenses estão ao lado dos combatentes do Azov”, disse Maria Zakharova em uma entrevista à rádio Sputnik nesta quarta-feira (4).
Zakharova é porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
O que é o batalhão Azov?
Nacionalistas ucranianos e militares do Azov fazem passeata em Kiev, na Ucrânia, para marcar a fundação do Exército Insurgente Ucraniano. O movimento de resistência paramilitar foi formado em 1943 para lutar pela independência do país
Genya Savilov/AFP
Fundado em 2014 por militares de extrema-direita e integrado posteriormente às Forças Armadas ucranianas, o batalhão Azov é um dos adversários mais combativos das tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Os membros e outros combatentes ucranianos se recusam a entregar as armas no porto cercado de Mariupol (sudeste da Ucrânia), onde os últimos defensores da cidade estão entrincheirados na siderúrgica de Azovstal, alvo de um ataque russo desde terça-feira.
Para muitos ucranianos são heróis, mas na Rússia são apresentados como “fascistas” e “nazistas” que cometem abusos.
Mal-estar entre Rússia e Israel
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Ao afirmar que há israelenses lutando dentro do batalhão, Moscou alimenta a polêmica criada pelo ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que afirmou no domingo que Adolf Hitler tinha “sangue judeu”, uma teoria desmentida pelos historiadores.
A declaração provocou revolta em Israel, cujas autoridades a classificaram de “escandalosa, imperdoável e um horrível erro histórico”.
Na terça-feira, o ministério russo das Relações Exteriores aumentou a polêmica ao acusar Israel de “apoiar o regime neonazista de Kiev”.
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