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Soldados ucranianos em usina de Mariupol se renderam, diz Rússia ao anunciar fim do cerco a Azovstal

Militares resistiam em bunkers no complexo metalúrgico de Azovstal, um dos maiores da Europa, e estão sendo levados a campos de prisioneiros em território russo. Kiev e Moscou devem negociar libertação. Fumaça é vista no complexo metalúrgico de Azovstal, em Mariupol, onde a ONU diz ser difícil estimar o número de mortos
Alexander Ermochenko/ Reuters
Um grupo de 531 combatentes ucranianos deixou nesta sexta-feira (20) o complexo industrial de Azovstal, em Mariupol, informou o Ministério da Defesa da Rússia em nota. Este era o último grupo militar que ainda resistia ao cerco russo na região.
“O ministro da Defesa russo, general do Exército, Sergei Shopify, informou ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre a conclusão da operação e a liberação completa da usina e da cidade de Mariupol dos militares ucranianos”, disse o comunicado.
Desde o início desta semana, quando a Ucrânia anunciou que abandonaria a resistência à ocupação russa no último bastião em Mariupol, cerca de 2.000 soldados ucranianos já entregaram as armas e se renderam, segundo a agência de notícias russa Tass.
Pescadores na beira da água com a metalúrgica de Azovstal ao fundo
Alexander Ermochenko/REUTERS
Os soldados rendidos estavam há pelo menos três semanas dentro do complexo metalúrgico de Azovstal, em Mariupol. O complexo é uma das maiores metalúrgicas da Europa e foi o único ponto da cidade portuária do sul da Ucrânia que a Rússia não havia conseguido conquistar.
Do total de soldados rendidos, 80 estavam feridos e foram levados a hospitais próximos, em território ucraniano, mas sob a guarda de forças russas. Na quarta-feira (18), a Rússia divulgou um vídeo mostrando alguns dos militares hospitalizados.
Defesa da usina
Todos os militares rendidos defendiam o complexo industrial Azovstal, que é uma das maiores metalúrgicas de toda a Europa. Em grupos separados, eles estavam escondidos em túneis e bunkers no subsolo da planta industrial.
A usina de Azovstal fica na região portuária de Mariupol, cidade no sul da Ucrânia que era um dos grandes objetivos da Rússia por sua posição estratégica.
A cidade fica entre a Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014, e as zonas do leste do país que são parcialmente controladas por separatistas pró-Rússia. Moscou tenta agora conquistar a região leste para criar um cinturão de dominação no país vizinho.
Usina de Azovstal é bombardeada antes da rendição dos ucranianos
Kiev não confirmou a informação, mas, nesta semana, disse que vai negociar com a Rússia a troca de prisioneiros. O governo russo afirmou que todos os soldados rendidos serão tratados de acordo com as normas internacionais para prisioneiros de guerra.
Última resistência
Na quinta-feira (19), Sviatoslav Palamar, um dos comandantes do Batalhão Azov – aliado às forças territoriais ucranianas –, divulgou um vídeo de 18 segundos para dizer que ele e outros combatentes permaneciam dentro da usina de Azovstal, em Mariupol.
“Uma certa operação está acontecendo, cujos detalhes não vou divulgar. Obrigado a todo o mundo e obrigado à Ucrânia por (seu) apoio”, disse ele.
Combatente ucraniano diz que há resistência em usina siderúrgica de Mariupol
Sem divulgar nomes, a Defesa da Rússia informou em nota que um comandante do Azov foi retirado do local em um veículo blindado.g1 > MundoRead More

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