Suécia pretende entregar hoje pedido de entrada na Otan
País segue os passos de sua vizinha Finlândia, em um movimento que redesenhará o mapa geopolítico do norte da Europa. Magdalena Andersson, primeira-ministra da Suécia, durante debate no parlamento sobre o ingresso do país na Otan
TT News Agency/Henrik Montgomery via REUTERS
A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, declarou que pode entregar ainda nesta segunda-feira (16) um pedido de ingresso do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“O governo decidiu informar à Otan que a Suécia quer ser aceita como membro”, disse Andersson.
Ela acrescentou que pretende enviar o pedido de candidatura ainda nesta segunda, mas que o ato pode acontecer até quarta-feira (18). “Para ficar em sintonia com a Finlândia”, disse.
Parlamentares do partido Social Democrata da Suécia tomaram nesta segunda a decisão formal para o país se candidatar à Otan. O partido, que é o mesmo da primeira-ministra, forma a minoria no parlamento, mas disseram ter apoio da maioria.
“Há uma grande maioria no parlamento sueco que quer entrar na Otan”, disse a primeira-ministra Magdalena Andersson.
Ela fez a declaração após um debate sobre políticas de segurança no parlamento da Suécia. “O melhor para a Suécia e para a população do país é a entrada na Otan”
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Com essa decisão, a Suécia segue os passos de sua vizinha Finlândia, em um movimento que redesenhará o mapa geopolítico do norte da Europa.
Ambos os países mantinham a décadas o modelo de neutralidade, pelo qual não aderiam a nenhuma aliança militar e nem enviavam tropas ao exterior. Os dois não entraram para a Otan nem durante a Guerra Fria.
Agora, o presidente finlandês, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra, Sanna Marin, anunciaram neste domingo (15) que a Finlândia pretende se inscrever na Otan.
Presidente Sauli Niinisto e primeira-ministra Sanna Marin fizeram o anúncio durante uma entrevista coletiva no Palácio Presidencial, em Helsinque.
Heikki Saukkomaa/Lehtiuva via AP
A decisão dos dois países nórdicos, que fazem fronteira com a Rússia, abre caminho para a aliança militar ocidental se expandir em meio à guerra na Ucrânia.
A mudança de rumo, considerada o principal movimento da geopolítica mundial em decorrência da invasão da Rússia à Ucrânia, é considerada uma grande ameaça pela Rússia, que alega que a Otan vem buscando se aproximar de seu território nos últimos anos.
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