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Varíola dos macacos: risco de transmissão existe na Nigéria, mas é mínimo no Reino Unido, diz OMS

Organização afirma estar monitorando casos; nenhuma morte pela doença ocorreu neste ano. Lesões causadas pela varíola dos macacos no braço e na perna de uma menina na Libéria.
Domínio público (via Wikipedia)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, nesta segunda-feira (16), que o risco de transmissão da varíola dos macacos, detectada no Reino Unido em 7 de maio, é mínima em solo britânico, mas existe na Nigéria, onde a fonte da doença ainda é desconhecida.
A varíola dos macacos (veja detalhes mais abaixo) é transmitida de animais para humanos e costuma ocorrer em partes florestais da África Oriental e Ocidental (onde fica a Nigéria). O vírus que causa a doença é da mesma família da varíola humana, que foi erradicada do mundo em 1980.
Até agora, ao menos 3 pessoas foram diagnosticadas com a varíola dos macacos no Reino Unido. O primeiro caso, identificado em uma pessoa que havia viajado à Nigéria, foi “imediatamente isolado e o rastreamento de contato foi realizado”, segundo a OMS. Por isso, o risco de transmissão da doença no país é mínimo. Os outros dois casos relatados não têm relação com o primeiro.
Até o dia 11, o rastreamento feito em pessoas que tiveram contato com o caso inicial não havia identificado sintomas compatíveis com a doença no Reino Unido.
“No entanto, como a fonte de infecção na Nigéria não é conhecida, permanece o risco de transmissão contínua neste país”, disse a OMS.
Casos desde 2017
A Nigéria relata casos de varíola dos macacos desde 2017. De setembro daquele ano até abril passado, 558 casos suspeitos foram relatados em 32 estados do país, com 241 casos confirmados e 8 mortes.
Só neste ano, até 30 de abril, foram notificados 46 casos suspeitos, com 15 confirmados em sete estados. Nenhuma morte foi registrada em 2022.
No Reino Unido, houve sete casos de varíola dos macacos relatados anteriormente – todos relacionados a viagens para a Nigéria. No ano passado, os Estados Unidos também relataram dois casos da doença em humanos, ambos ligados a viagens ao país africano.
Transmissão e sintomas
A varíola dos macacos é transmitida por contato e exposição a gotículas grandes emitidas por uma pessoa doente. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão.
Uma erupção cutânea pode se desenvolver, geralmente começando no rosto, depois se espalhando para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A erupção muda e passa por diferentes estágios antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.
O período desde a infecção até o aparecimento dos sintomas – chamado período de incubação – é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21. Casos mais leves podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa.
A doença, muitas vezes, se resolve sozinha, com sintomas geralmente desaparecendo de forma espontânea de 14 a 21 dias após a infecção. Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões podem causar muita coceira ou dor.
Não se sabe qual animal age como reservatório da doença, mas é provável que seja algum roedor, segundo a OMS. O contato com animais vivos ou mortos por meio da caça e o consumo de animais selvagens ou de carne de caça são fatores de risco conhecidos.
Crianças têm maior risco de morrer pela doença, e a varíola durante a gravidez pode levar a complicações, varíola congênita ou a um bebê natimorto.
Embora uma vacina tenha sido aprovada – e a vacina tradicional contra a varíola humana também forneça proteção –, essas vacinas não estão amplamente disponíveis. Além disso, pessoas mais novas – com idade inferior a 40 ou 50 anos –, que não participaram de programas anteriores de vacinação contra a varíola humana, também não têm a proteção que seria concedida pela vacina.
Graças ao sucesso da vacinação, a Assembleia Mundial da Saúde, da OMS, declarou a varíola humana erradicada em 1980, e nenhum caso natural da doença ocorreu desde então.g1 > MundoRead More

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