Vídeo de drone mostra desfile de Dia da Vitória em Mariupol; ucranianos resistem em usina siderúrgica
Após retirada de todos civis de usina siderúrgica, combatentes ucranianos dizem que não vão se render Forças ocupantes em Mariupol, na Ucrânia, comemoram o Dia da Vitória
As forças russas organizaram um evento na cidade de Mariupol, na Ucrânia, nesta segunda-feira (9) para celebrar o Dia da Vitória, feriado da Rússia em que se comemora a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
O evento foi organizado por Denis Pushilin, líder separatista da região de Donetsk, na Ucrânia.
Ele afirmou que a comemoração acontecia na “cidade liberada” de Mariupol.
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Tocaram o hino nacional russo, acenderam uma chama que simboliza a luz eterna e houve uma procissão com uma faixa com as cores de São Jorge (um símbolo dos apoiadores da Rússia).
Leia nesta reportagem
Forças ucranianas ainda resistem dentro de usina perto de Mariupol
Civis foram todos retirados de usina
Comemoração do Dia da Vitória em Mariupol, na Ucrânia, em 9 de maio de 2022
Alexander Ermochenko/Reuters
O evento aconteceu em uma região da cidade que foi pouco atingida pela guerra.
O ministro de Defesa da ucrânia afirmou que no mesmo dia da comemoração do Dia da Vitória em Mariupol houve confrontos na usina siderúrgica de Azvostal, o último local na região onde os ucranianos ainda resistem.
Ucranianos em complexo siderúrgica
Depois da retirada dos civis que estavam na usina siderúrgica de Azovstal, sobram cerca de 2.000 militares que defendem a Ucrânia no último local na região de Mariupol que não foi tomado pelas forças russas.
As forças ucranianas entrincheiradas na siderúrgica disseram no domingo (8) que não vão se render.
“Render-se não é uma opção porque a Rússia não está interessada em nossas vidas; nós, todos os militares da guarnição de Mariupol, testemunhamos os crimes de guerra perpetrados pela Rússia, pelo exército russo”, disse Ilya Somoilenko, oficial de inteligência do batalhão Azov, durante uma entrevista coletiva transmitida por vídeo.
Ele afirmou que todos os suprimentos são limitados. “Ainda temos água. Ainda temos munição. Temos nossas armas pessoais. Lutaremos até que a situação seja resolvida da melhor maneira possível”, disse Samoilenko, que falou em ucraniano e inglês.
Saída de civis
Autoridades de governo da Ucrânia como da Rússia afirmaram que foram retiradas as últimas 51 pessoas que não combatiam do complexo siderúrgico.
Os sobreviventes foram levados à Zaporizhzhia. Chegando lá, eles descreveram a rotina na usina: havia bombardeamentos constantes, pouca comida e ambiente era mofado.
Eles também contaram que usavam álcool em gel como combustível para cozinhar.
Caía água do teto e havia a preocupação de que a estrutura toda iria colapsar (as pessoas sentiam os tremores, mas não podiam sair do local).
Os civis foram para lá porque é um local com uma vasta rede de túneis e bunkers subterrâneos (ou seja, é um local mais protegido que o resto da cidade, que foi significativamente bombardeada).
Uma parte das pessoas que chegaram à Zaporizhzhia afirma que estava na usina desde o dia 27 de fevereiro —três dias após o início da invasão.
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