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Brasileiros querem opinar mais sobre a vida dos outros, diz dona de lojas de crepes em formatos de genitais em Lisboa, Rio e BH

Juliana Lopes comenta que em Portugal, quem não gosta de seus produtos simplesmente não frequenta a doçaria, mas no Brasil as pessoas sentem mais necessidade de opinar. Justiça brasileira determinou que crepes com forma de órgãos sexuais não podem ser vendidos a menores de idade. Clientes de loja que vende crepes em formato de órgãos sexuais no Rio fazem fila na porta da loja
Marcos Serra Lima/g1
Os brasileiros são mais conservadores e mais preocupados com a vida dos outros do que os portugueses, diz Juliana Lopes, empresária brasileira de 26 anos dona da creperia La Putaria, que vende doces com formatos de órgãos genitais masculinos e femininos. O negócio começou em Lisboa, mas depois abriu unidades no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
Nesta quarta-feira (1º), no entanto, o Ministério da Justiça brasileiro publicou uma norma que proíbe a venda de produtos como o da loja para menores de 18 anos.
Loja de crepes em forma de vagina e pênis faz sucesso em BH
La Putaria/ Divulgação
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Juliana Lopes, dona da franquia da loja de crepes com formato de órgãos sexuais
Marcos Serra Lima/g1
Lopes abriu a loja de Lisboa em agosto de 2021. Este ano, ela abriu as unidades no Brasil. Isso deu a ela a possibilidade de observar a reação das pessoas nos dois países ao mesmo conceito.
Os portugueses são mais abertos a novidades, segundo ela. “Se alguém não gosta da La Putaria em Portugal, simplesmente não frequenta; português não quer cuidar da vida dos outros. Brasileiro é diferente, aqui as redes sociais são mais ativas, todo mundo opina sobre tudo, parece que há uma obrigação de expressar a opinião”, diz ela.
Clientes de loja que vende crepes em formato de órgãos sexuais falam sobre restrições
Ela afirma que uma cliente da loja do Rio de Janeiro aguardava na calçada para ser atendida com as amigas e foi insultada por passageiros de um carro que passava por perto.
“Posso dizer que nós (brasileiros) somos mais conservadores”, afirma ela.
Apesar dessas características dos brasileiros, ela diz que há muita gente no país que gosta dos doces e que há muito espaço para crescer. Os que não gostam, tanto em Portugal como no Brasil, são uma minoria, acredita a empresária.
Reação à norma do governo
Na loja do Rio de Janeiro não houve diminuição de movimento por causa da nova norma do governo do Brasil.
A maior parte dos clientes sabe da polêmica envolvendo o ministério, mas foi comprar o doce e fazer fotos na loja para suas redes sociais no primeiro dia em que a nova regra entrou em vigor.
Pelas regras do Ministério da Justiça , os estabelecimentos não podem deixar produtos com conteúdo pornográfico em local visível, como letreiros ou vitrines.
As lojas também devem colocar cartazes informando que é proibida a entrada de menores de idade.
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