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Falta de dados do Banco Central impacta divulgação do PIB

De acordo com o IBGE, balanço de pagamemtos de março não foi divulgado pela entidade monetária. Com isso, taxa de poupança e necessidade de financiamento da economia ficaram de fora da análise do PIB do 1º trimestre.
Por falta de dados do Banco Central do Brasil, a taxa de poupança e a necessidade de financiamento da economia ficaram de fora da análise dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2022, divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Puxado pelo setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia brasileira, o PIB cresceu 1% na comparação com o 4º trimestre do ano passado e 1,7% em relação ao 1º trimestre.
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De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Pallis, responsável pelo levantamento do PIB, ficaram de fora dos resultados do 1º trimestre as chamadas Contas Econômicas Integradas e a Conta Financeira Trimestral.
“Essa duas contas são muito focadas no balanço de pagamentos, mas por conta da não divulgação do balanço de março pelo Banco Central, desta vez não foi possível incluí-las nesta divulgação”, esclareceu a pesquisadora.
Segundo Rebeca, tanto a taxa de poupança quanto a necessidade de financiamento constam nas Contas Econômicas Integradas. Já a Conta Financeira Trimestral indica quais ativos foram usados para financiar a economia do país no período.
“Várias informações do Banco Central são estatísticas primárias que a gente usa como uma das fontes de dados para as Contas Nacionais”, enfatizou a pesquisadora logo no início da divulgação.
A falta dos referidos dados da entidade monetária, no entanto, não impactam no resultado geral do PIB.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia (entenda como ele é calculado).
O balanço de pagamentos referente a março não foi divulgado pelo Banco Central devido à greve dos servidores do órgão, que se extendeu, inicialmente, do dia 17 de março ao dia 19 de abril. Depois, a categoria decidiu manter a greve por tempo indeterminado.
Tesouro Nacional suspende divulgação das contas públicas devido à greve de servidores
Os funcionários do Banco Central decidiram paralisar as atividades diante da reivindicação de 27% de aumento salarial ante os 5% até então em estudo pelo governo para todo o Executivo federal.
Greve afeta todas as divulgações do BC
No começo de maio, o Banco Central informou que, devido à greve dos servidores da instituição, a divulgação da maioria de suas publicações está suspensa, entre elas a do boletim Focus.
Sempre divulgado às segundas-feiras, o Boletim Focus informa a expectativa do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB), inflação, câmbio, entre outros indicadores, do ano corrente e dos três anos subsequentes. A última divulgação do boletim Focus foi feita em 2 de maio.
Somente publicações com prazo legal estão sendo divulgadas pelo BC. A instituição disse, em nota, que, “oportunamente”, informará com antecedência de 24 horas as novas datas para as publicações pendentes.
Divulgação das contas públicas e da dívida pública suspensa
Na semana passada, a Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Ministério da Economia, informou que estão suspensas as divulgações sobre o resultado da dívida pública e das contas públicas do governo federal de abril devido à greve por tempo indeterminado, dos servidores do Tesouro Nacional.
O motivo da paralisação é que o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) alega perda de 25% do poder de compra dos salários da categoria, que estão congelados desde janeiro de 2019. Também reivindicam reestruturação para a carreira de Finanças e Controle.
Segundo o Tesouro Nacional, somente publicações previstas em lei terão a divulgação mantida e ainda não há uma data definida para retorno das demais publicações. “Informaremos com a devida antecedência quando o calendário for retomado”, disse a secretaria, em nota.g1 > EconomiaRead More

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