Justiça suíça inicia processo contra Platini e Blatter por fraude
Ex-presidentes da Uefa e da Fifa, banidos do futebol mundial em 2015 pelas suspeitas de pagamento de propina, são ouvidos em um tribunal da Suíça nesta quarta (8). Ambos podem pegar até cinco anos de prisão. O ex-presidente da Uefa e lenda do futebol europeu Michel Platini chega ao tribunal na Suíça que julga uma acusação por fraude contra ele, em 8 de junho de 2022.
Arnd Wiegmann/ Reuters
O julgamento dos ex-presidentes da Fifa, Joseph Blatter, e da Uefa, Michel Platini, por fraude e suposto pagamento de propina, começou nesta quarta-feira (8) na Suíça.
Blatter e Platini foram banidos do futebol mundial em 2015, quando o escândalo veio à tona. Ambos são acusados pelo Ministério Público da Suíça de desvio de cerca de US$ 2 milhões (cerca de R$ 2,7 milhões) das organizações que presidiram.
Os dois ex-dirigentes, que aguardam pelo julgamento em liberdade, compareceram nesta manhã ao tribunal de Bellinzona, no sudeste da Suíça, onde fica o tribunal que julga o caso.
Ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, na chegada ao tribunal da Suíça que o julga por fraude, em 8 de junho de 2022.
Arnd Wiegmann/ Reuters
Objetos de outros processos, na França para o ex-jogador e na Suíça para Sepp Blatter, os dois podem ser condenados a cinco anos de prisão ou a pagar multa, caso sejam considerados culpados.
Defesas e acusação concordam em um ponto: o francês foi assessor de Blatter entre 1998 e 2002, durante o primeiro mandato do suíço à frente da Fifa, e os dois dirigentes assinaram um contrato em 1999 que estabeleceu uma remuneração anual de 300.000 francos suíços “faturado pelo senhor Platini e integralmente pagos pela Fifa”, segundo a Promotoria.
Mas, em janeiro de 2011, “mais de oito anos após o fim da sua atividade como assessor”, o ex-capitão da seleção francesa “alegou uma dívida de 2 milhões de francos suíços (quase de dois milhões de dólares)”, paga pela entidade que comanda o futebol mundial “com a participação” de Sepp Blatter.
Para a acusação, este foi um pagamento “sem fundamento”, que induziu “de maneira hábil ao erro” os controles internos da Fifa por meio de declarações enganosas dos dois dirigentes.
Ambos insistem que decidiram desde o início por um salário anual de um milhão de francos suíços, em um acordo oral e sem a presença de testemunhas.g1 > MundoRead More