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Mais de 400 migrantes tentam entrar no território espanhol de Melilla

Cidade autônoma é, junto da vizinha Ceuta, os únicos territórios europeus que fazem fronteira terrestre com a África. Uma das duas únicas fronteiras terrestres entre África e Europa, Melilla é constantemente buscada por migrantes, como os desta imagem de 2014.
Jesus Blasco de Avellaneda/Reuters
Mais de 400 migrantes tentaram superar nesta sexta-feira (24) a cerca que separa a África da Europa no território espanhol de Melilla, informou a Delegação de Governo, na primeira grande ação do tipo desde a normalização das relações entre Espanha e Marrocos.
“Um grupo numeroso de subsaarianos, organizado e violento, quebrou a porta de acesso do posto de controle fronteiriço de ‘Barrio Chino’ e acessou Melilla saltando pelo telhado do posto”, informou a prefeitura em um comunicado, sem revelar quantas pessoas conseguiram entrar na Espanha.
O comunicado destaca que a ação aconteceu “apesar do amplo dispositivo das forças marroquinas, que colaboram ativamente e de forma coordenada com as forças de segurança do Estado espanhol”.
Mapa com localização de Ceuta e Melilla.
Elcio Horiuchi/G1
As tentativas anteriores de invasão em massa na Espanha por um do dois enclaves norte-africanos do país (Ceuta e Melilla) aconteceram em março, antes do degelo nas relações Espanha-Marrocos.
A crise diplomática entre os dois países começou depois que a Espanha recebeu em abril de 2021 o líder dos independentistas saarauis da Frente Polisário, Brahim Ghali, para tratamento de covid-19 em um hospital do país.
O governo do Marrocos reivindica a região do Saara Ocidental, uma ex-colônia espanhola, e a crise diplomática acabou quando a Espanha abandonou sua neutralidade histórica entre independentistas saararuis e Rabat para apoiar o plano marroquino para o território, que consiste em dar autonomia à região.
O pior momento da crise entre os países aconteceu em maio de 2021, quando, aproveitando que as autoridades marroquinas flexibilizaram os controles, quase 10.000 migrantes entraram em Ceuta.
Apesar de Madri e Rabat terem ajustado as relações, a “Espanha não vai tolerar a instrumentalização da tragédia da imigração irregular como arma de pressão”, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.g1 > MundoRead More

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