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O que esperar da cúpula do G7, que começa neste domingo

Clube de países mais ricos se reúne na Europa até terça-feira (28). Guerra na Ucrânia e suas consequências para a economia devem ser tema central. Castelo de Elmau, na Alemanha, onde acontece a cúpula do G7 de 2022
Wolfgang Rattay/Reuters
Começa neste domingo (26) a reunião anual da cúpula do G7, clube de países mais ricos do mundo. O encontro na Alemanha deve durar até terça-feira (28). Os países que são membros e os convidados discutem temas de relevância do momento e anunciam medidas conjuntas. Uma das principais expectativas deste ano é que o encontro tenha como foco o apoio à Ucrânia diante da ofensiva russa.
Segundo o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o objetivo do encontro é enviar um “sinal poderoso” demonstrando que “nossas democracias fortes estão cientes de sua responsabilidade global conjunta”.
Abaixo, leia perguntas e respostas sobre o assunto e entenda o que esperar da cúpula.
Onde acontece o G7?
Neste ano, a cúpula acontece no castelo de Elmau, nos Alpes da Baviera, no sul da Alemanha.
Quem faz parte do G7?
Os países que fazem parte do G7 são: Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
O Brasil faz parte do G7?
Não, o Brasil não faz parte do G7 e pela terceira vez consecutiva ficou de fora da lista de convidados.
Em 2020, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, chegou a dizer que poderia ser convidado para a reunião do G7, que naquele ano era presidido pelos Estados Unidos, então comandado por Donald Trump. Por conta da pandemia, entretanto, o encontro foi adiado, e o Brasil acabou descartado novamente da lista.
Em 2019, o Brasil também ficou de fora da cúpula. Na ocasião, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou uma ajuda emergencial para combater queimadas na Amazônia, em meio ao clima de tensão entre os dois países. Após o anúncio da ajuda, Bolsonaro questionou os interesses do líder francês na floresta.
Quais países foram convidados?
A Alemanha, país que preside o G7 neste ano, anunciou em maio os países convidados para a cúpula do grupo: Argentina, África do Sul, Índia, Indonésia e Senegal.
O que esperar do encontro de 2022?
O tema deste ano é “Progresso na direção de um mundo equitativo”. Segundo Scholz, a mensagem que deve sair da cúpula do G7 é:
“As democracias do mundo estão juntas na luta contra o imperialismo de Putin. Mas eles não estão menos comprometidos com a luta contra a fome e a pobreza e com o combate às crises de saúde e às mudanças climáticas.”
O líder alemão também afirmou que a guerra não deve levar “nós, do G7, a negligenciar nossa responsabilidade por desafios globais como a crise climática e a pandemia. Pelo contrário: muitas das metas que nos propusemos no início do ano tornaram-se ainda mais urgentes como resultado da mudança na situação global.”
Entretanto, a expectativa para que o encontro tenha como foco o apoio à Ucrânia diante da ofensiva russa é grande.
Segundo a agência de notícias Reuters, líderes do G7 estão tendo discussões “muito construtivas” sobre um possível limite para as importações de petróleo russo, citando uma fonte do governo alemão. “Estamos em um bom caminho para chegar a um acordo”, disse o funcionário.
Em maio, o G7 anunciou, através da Casa Branca, que “comprometeu-se a proibir ou eliminar gradualmente as importações de petróleo russo”. “Isso será um duro golpe para a principal artéria da economia do (presidente russo Vladimir) Putin e lhe negará a renda necessária para financiar sua guerra”, acrescentou em comunicado.
Rússia
A Rússia deixou de fazer parte da cúpula em 2014, quando o grupo se chamava G8. Na ocasião, a a Rússia foi retirada do grupo após o governo de Vladimir Putin invadir e anexar a Crimeia, região da Ucrânia.
Como foi o G7 de 2021?
Em 2021, o encontro aconteceu em Londres. Na última edição, os países convidados foram: Austrália, Índia, África do Sul e Coreia e do Sul.
Os ministros das Finanças do G7 se comprometeram com um imposto mínimo global para grandes empresas de “pelo menos 15%”. O acordo foi descrito como “histórico” pelo ministro britânico das Finanças, Rishi Sunak, que presidiu a reunião de 2021.g1 > MundoRead More

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