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Saiba sobre o que escreve Dom Phillips, o jornalista inglês que está desaparecido na Amazônia

O repórter cobre as mudanças e ameaças aos biomas brasileiros, como o Cerrado e a Amazônia, mas também publicou pautas sobre cultura e política. Jornalista inglês Dom Phillips
Reprodução Twitter/@domphillips
Dom Phillips, o jornalista inglês que está desaparecido na região do Vale do Javari, no estado do Amazonas com o indigenista Bruno Araújo Pereira, é um repórter com longa experiência na cobertura das mudanças que ocorrem na Amazônia e outros biomas brasileiros.
A maioria dos textos dele publicados no “The Guardian” tem como pauta o avanço do gado, do garimpo e da soja em regiões de floresta conservada no Brasil —Phillips está até mesmo trabalhando em um livro sobre o meio ambiente, de acordo com o jornal.
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Em março de 2021, ele publicou uma reportagem sobre o aumento das exportações de carne de vaca do Brasil para a China: “Cerca de 70% das importações de carne brasileira pela China vieram do Cerrado, uma vasta região de savana tropical, e da Amazônia em 2017, e cerca de metade do Cerrado e 20% da Amazônia brasileira foram devastados”, dizia o texto.
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O título era “Comendo a Amazônia: o apetite da China por carne de vaca aumenta as exportações brasileiras”.
Dois meses antes, em janeiro de 2021, ele havia publicado uma reportagem sobre as condições de trabalho em matadouros.
O repórter usou dados de um relatório da organização Repórter Brasil. “Trabalhadores em fazendas de gado fornecedoras de matadouros ganham um salário de até 8 libras (cerca de R$ 48) por dia e vivem em barracas improvisadas, sem banheiros, fornecimento de água e cozinhas”.
O texto afirma, citando o relatório da Repórter Brasil, que 55 mil trabalhadores foram resgatados por inspetores do governo de condições semelhantes à escravidão desde 1995. “Apesar do número de investigações ter caído nos anos mais recentes (118 trabalhadores foram libertados em 2018, comparado com 1.045 em 2008), isso não significa que a situação melhorou, mas só que as inspeções foram reduzidas, nota o relatório”, escreveu ele.
No auge da pandemia de Covid-19, ele fez uma reportagem sobre um novo risco que os Yanomami enfrentavam: o vírus que poderia ser introduzido pelos garimpeiros na região.
O texto de Phillips relatava como, frente à ameaça, o governo do Brasil não só não removeu os garimpeiros como distribuiu cloroquina, um remédio que não tem eficácia para atacar os sintomas da Covid-19.
Ele não escreve unicamente sobre meio ambiente: em dezembro de 2020, Phillips publicou uma reportagem sobre a cantora baiana Luedji Luna (Phillips mora em Salvador).
Em dezembro de 2020, quando Marcelo Crivella ainda era prefeito do Rio de Janeiro, Phillips publicou uma reportagem sobre denúncias de corrupção contra ele.
Repórter de música
Anos antes de se tornar um repórter especializado em cobrir temas da natureza brasileira, Phillips foi um jornalista de música. Ele trabalhou na revista Mixmag entre 1991 e 199. Entre os anos de 1993 e 1997, ele foi editor da publicação.
Em 1992, ele criou uma expressão para designar um estilo de música, progressive house. Ele também publicou um livro em 2009 chamado Superstar DJs Here We Go!: The Rise and Fall of the Superstar DJ (DJ Superestrela, vamos nessa!: A ascensão e queda do DJ superestrela) .
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