RÁDIO BPA

TV BPA

Setor público deixa de ser maior contratante de obras de infraestrutura no país, diz IBGE

Em 2020, setor privado alcançou sua maior participação nas obras de construção realizadas no país. A indústria da construção no Brasil sofreu mudanças estruturais na última década, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alteração mais expressiva foi a perda de participação do setor público no segmento de infraestrutura.
Os dados são de 2020 e fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, que chega à sua 30ª edição. Segundo o levantamento, o setor privado alcançou, naquele ano, sua maior participação no setor como um todo, respondendo por 70,2% de toda as obras realizadas no país – em 2011, esse percentual era de 61,5%.
O setor privado ganhou participação nos três segmentos da construção, sendo o avanço mais expressivo na comparação com 2011 foi observado no segmento de infraestrutura – passou de 42,1% para 50%.
Ou seja, em dez anos o setor público perdeu 7,9 pontos percentuais (p.p.) de participação no segmento de infraestrutura, deixando de ser o seu maior contratante.
Setor público e privado responderam, em 2020, por metade, cada um, das obras de infraestrutura no país. Até então, somente em 2015, quando o país estava tomado de obras em razão das olimpíadas, as empresas privadas haviam superado o governo na contratação de obras de infraestrutura.
O setor privado ganhou participação, também, nos outros dois segmentos do setor, o de Construção de edifícios (passou de 75,6% em 2011 para 82% em 2020) e o de Serviços especializados para construção (passou de 78% para 79,4% no período).
Outra mudança estrutural observada no setor ao longo da última década ocorreu na chamada concentração de mercado. Em 2011, as oito maiores empresas da construção representavam 11,0% do total do setor, enquanto em 2020 passaram a responder por 4,8%, uma redução de 6,2 p.p.
A redução da concentração de mercado foi observada nos segmentos de infraestrutura – recuou de 25,3% para 10% – e de construção de edifícios – caiu de 8,7% para 7%. Já o segmento de Serviços especializados para construção apresentou um aumento da concentração, passando de 4,7% para 7,2%.g1 > EconomiaRead More

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *