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Animais em Madri comem picolés e peixe congelado por onda de calor, que chega à França e ao Reino Unido

Temperaturas passam de 44°C na Espanha e devem chegar a 35ºC em Londres; Portugal e sul da França registram incêndios. Cientistas relacionam calor europeu às mudanças climáticas. Panda come picolé de frutas no zoológico de Madri, para se refrescar da onda de calor, em 13 de julho de 2022. Temperatura na capital espanhola passa dos 40ºC.
Susana Vera/ Reuters
Depois de Espanha e Portugal, a França e o Reino Unido se preparam para a chegada de uma onda de calor excepcional a partir desta quarta-feira (13).
Em Madri, por causa das altas temperaturas, que chegaram a 44ºC, funcionários do zoológico deram picolés de frutas e peixes congelados para refrescar os animais também nesta quarta-feira. A capital espanhola tem registrado calor intenso até às 22h, o que traz risco à saúde dos animais.
Leão do zoológico de Madri ‘prova’ picolé de frutas oferecido por funcionários para combater a onda de calor que atinge a Europa, em 13 de julho de 2022.
AP
Esta é a segunda onda de calor extremo que a Europa enfrenta este ano, menos de um mês após o início do verão do Hemisfério Norte, em 21 de junho. Para cientistas, existe uma relação direta com a mudança climática.
A onda de calor que se instalou no leste da Europa “afeta principalmente Espanha e Portugal, mas está previsto que se intensifique e se espalhe”, declarou a porta-voz da Organização Meteorológica Mundial, Clare Nullis, em Genebra.
Na semana passada, parte de uma geleira em Marmolada, no norte da Itália, se desprendeu e deixou ao menos 11 mortos.
Foca come peixe congelado no zoológico de Madri para combater o forte calor que atinge a capital espanhola e boa parte da Europa, em 23 de julho de 2022.
Susana Vera/ Reuters
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A onda de calor na França vai durar ao menos até o início da próxima semana. No sudoeste do país, espera-se temperaturas de até 38ºC nesta quarta-feira.
Na França, dois incêndios queimaram 1.000 hectares de floresta na terça-feira na região de Bordeaux (sudoeste). O maior deles destruiu 800 hectares de pinheiros perto de Landiras, a cerca de 40 quilômetros de Bordeaux.
O segundo foi declarado perto da turística Duna de Pilat, localizada na baía de Arcachon. As chamas, que consumiram cerca de 180 hectares de pinheiros antigos, obrigaram pelo menos 6.000 campistas a se retirarem como medida preventiva. Nesta quarta, o fogo continuava ativo, de acordo com os bombeiros.
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A primeira-ministra, Elisabeth Borne, pediu ao seu governo que se mobilize contra o “rápido impacto” do calor “na saúde da população, principalmente dos mais vulneráveis”.
No Reino Unido, o serviço meteorológico emitiu um alerta laranja para uma “onda de calor extrema” a partir de domingo, com temperaturas superiores aos 35ºC. A companhia de água pediu aos britânicos que economizem até a última gota, o que inclui ferver apenas o suficiente para sua xícara de chá.
Ainda com a lembrança dos incêndios de 2017, que deixaram cerca de cem mortos, os focos que assolaram o centro de Portugal durante o fim de semana voltaram na terça-feira à tarde, provocando a evacuação de várias cidades e a mobilização de mais de mil bombeiros no combate ao fogo.
Segundo imagens da televisão local, bombeiros e moradores tentavam conter o avanço das chamas, que ameaçavam várias localidades dos municípios de Leiria, Pombal, Ourém e Alvaizere.
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Na Espanha, quase todo país estava em alerta nesta quarta-feira, devido a temperaturas sufocantes de até 44ºC.
O fenômeno meteorológico, que começou no último fim de semana e se prolonga pelo menos até domingo (17), provocará temperaturas “sufocantes” em todo país nesta quarta, com regiões como Andaluzia (sul), Extremadura (sudoeste) e Galiza (noroeste) sob alerta vermelho, alertou o Aemet.
Com exceção do arquipélago atlântico das Ilhas Canárias, todas as outras regiões espanholas foram colocadas sob alertas de vários níveis, por causa do calor.
Ontem, uma temperatura máxima de 43,9°C foi registrada em Mérida, cidade no oeste da Espanha perto de Portugal. Nesta quarta, os termômetros devem subir mais um pouco, com 44ºC esperados em Badajoz, na mesma região, e em Córdoba, na Andaluzia, região do sul do país.
A princípio, o recorde absoluto na Espanha, de 47,4ºC, registrado em agosto de 2021 em Montoro, perto de Córdoba, não será quebrado.g1 > MundoRead More

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