Dólar opera em alta, em meio a temores de recessão global
Na segunda-feira (11), a moeda norte-americana subiu 1,95%, vendida a R$ 5,3705. Notas de dólar
Reuters/Dado Ruvic
O dólar opera em alta nesta terça-feira (12), em meio à escalada da aversão global a risco por temores inflacionários e de recessão.
Às 9h45, a moeda norte-americana subia 0,36%, vendida a R$ 5,3897. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,95%, vendida a R$ 5,3705. Com o resultado, acumula alta de 2,63% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de 3,66% frente ao real.
LEIA TAMBÉM:
Comercial x turismo: qual a diferença e por que o turismo é mais caro?
Qual o melhor momento para comprar?
Dinheiro ou cartão? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real?
o
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O que está mexendo com os mercados?
À medida que os bancos centrais apertam as condições financeiras, a China luta contra a pandemia de Covid-19 e a Europa se mantém afundada em preocupações energéticas, com a ameaça de interrupção de oferta do gás russo, a perspectiva de uma recessão global vai ganhando corpo. Nesse contexto de aversão a ativos de risco, o dólar atingiu a paridade com o euro hoje e, nas máximas do dia, chegou a valer mais do que a moeda da união monetária pela primeira vez desde 2002.
Os investidores voltaram a demonstrar preocupação com a economia da China esta semana, por conta do aumento de casos de Covid-19 no país, que podem levar à adoção de uma nova rodada de medidas de restrição à atividade econômica do país. Além do impacto nos preços das commodities, o cenário dificulta a normalização das cadeias globais de oferta, fator que segue como um empecilho para a queda da inflação ao redor do mundo.
Já nos Estados Unidos, a semana é carregada de eventos importantes, como a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), na quarta-feira, além de outros indicadores de atividade econômica no país.
No Brasil, os ativos vêm sendo pressionados também pelas questões intrínsecas ao país, como o desarranjo das contas públicas. Hoje, a Câmara dos Deputados tenta votar, em dois turnos, a PEC dos Benefícios, que amplia os gastos do governo em cerca de R$ 41 bilhões fora do teto de gastos. Apelidado de “PEC Kamikaze” ou “PEC Eleitoral”, o pacote reacendeu temores de descontrole fiscal e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação.
Os agentes locais repercutem ainda os dados de atividade do setor de serviços. Segundo o IBGE, O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,9% em maio. Com o resultado, o setor acumula alta de 3,3% nos últimos quatro meses.
Entenda a PEC que dribla lei e cria estado de emergência
PEC com benefícios em ano eleitoral eleva apostas de alta maior na Selic
Com quórum baixo na sessão, Lira adia votação da PEC que cria benefícios em ano eleitoralg1 > EconomiaRead More