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Mercosul veta participação de Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, em encontro de líderes

Reunião de líderes dos países do bloco está agendada para ocorrer no Paraguai nesta quinta-feira. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev
Valentyn Ogirenko/REUTERS
Os governos dos países do Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, negaram ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a oportunidade de participar de forma remota de um encontro dos lídere que está agendado para ocorrer na quinta-feira (21), no Paraguai.
O veto à participação de Zelensky foi anunciado por um porta-voz da presidência temporária do Mercosul. “Não houve consenso. Foi comunicado ao embaixador ucraniano na Argentina, presente no Paraguai”, informou nesta quarta-feira (20), em coletiva de imprensa, Raúl Cano, vice-ministro de Relações Exteriores do Paraguai.
Exclusivo: Volodymyr Zelensky critica a posição de neutralidade do presidente Bolsonaro na guerra
O Mercosul, criado em 1991, é o principal bloco de integração da América do Sul, com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai como sócios.
Conversa com Bolsonaro
Zelensky deu uma entrevista exclusiva na terça-feira (19) à correspondente da Globo Raquel Krähenbühl. Ele contou detalhes sobre o telefonema de segunda-feira (18) com o presidente Jair Bolsonaro.
Zelensky criticou a neutralidade do Brasil decidida por Bolsonaro em relação ao conflito e comparou a posição do presidente Bolsonaro à de líderes que ficaram neutros durante o início da Segunda Guerra Mundial. Foi a primeira entrevista de Zelensky a um veículo de imprensa da América Latina desde o início da guerra.
“Ontem eu falei com o presidente Bolsonaro e sou grato a ele por essa conversa. Não foi a minha primeira conversa com o presidente do Brasil. Eu não apoio a posição dele de neutralidade. Eu não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo”, diz Zelensky.
Acordo com Singapura
O ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Julio Arriola, anunciou a conclusão das negociações para um acordo entre o Mercosul e Singapura.
Arriola disse que a Singapura é um importante aliado comercial e de investimentos para o Mercosul.
O acordo implica a diversificação dos fluxos comerciais e a melhora de condições para a liquidação de investimentos entre ambas as partes. “Singapura é um importante provedor de capitais no mundo”, afirmou Arriola.
O chanceler argentino Santiago Cafiero elogiou o convênio alcançado com Singapura e sustentou que trata-se de uma prova de que o Mercosul está disposto a trabalhar de forma compartilhada e consensual.
“Pode levar tempo. Não é preciso se apressar para fechar acordos entre os países se não forem acordos equilibrados”, observou.
O chanceler brasileiro Carlos Alberto França descreveu como “significativo” o acordo alcançado, “o primeiro com o sudeste asiático e o mais dinâmico do mundo”.
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