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Pandemia compromete atualização de dados sobre moradia no Brasil, diz IBGE

Dados coletados por meio da Pnad Contínua sobre os domicílios no país não serão divulgados, segundo o instituto, devido à má qualidade da amostra. Capa do informativo com as características gerais dos domicílios e moradores de 2019; dados dos domicílios referentes a 2020 e 2021 foram comprometidos pela pandemia
Reprodução/IBGE
A evolução das informações sobre algumas condições de moradia no país foi comprometida pela pandemia do coronavírus. É o que informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (22), ao anunciar que não serão divulgados os dados das características dos domicílios brasileiros referentes aos anos de 2020 e 2021.
O levantamento sobre as características domiciliares é feito por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) desde 2016 e divulgado sempre em conjunto com as características de seus moradores.
Todavia, somente os dados populacionais foram apresentados pelo IBGE nesta sexta-feira. Eles mostraram que foi mantida a tendência de envelhecimento da população e de aumento de pessoas autodeclaradas pretas no país.
“As informações sobre os domicílios são coletadas na primeira das cinco entrevistas que são feitas na Pnad. Por conta da pandemia, houve redução da amostra de primeira entrevista e, com isso, houve perda de qualidade dos dados coletados”, esclareceu o analista da pesquisa Gustavo Geaquinto.
A última atualização das características gerais dos domicílios, divulgada em maio de 2020, são referentes a 2019. O levantamento mostrou, entre outros dados, que naquele ano quase 10% dos domicílios não eram abastecidos com água tratada diariamente, situação que deixava 18,4 milhões de brasileiros mais expostos à infecção pelo coronavírus. Mostrou, ainda, que em 1,6 milhão de domicílios não havia banheiro.
Devido às medidas de isolamento social impostas pela pandemia do coronavírus, o IBGE suspendeu as entrevistas presenciais da Pnad Contínua, que passaram a ser feitas de forma remota, por telefone ou pela internet.
O comprometimento dos dados e, consequentemente, da série histórica do levantamento já era previsto desde que o órgão anunciou a mudança na coleta dos dados. À época, o então diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, afirmou que haveria empenho para evitar prejuízo às estatísticas públicas produzidas por meio das pesquisas conjunturais realizadas a partir dos dados coletados pela Pnad.
O IBGE destacou que, embora não tenha realizado a divulgação, os dados coletados estão disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), base de dados onde são armazenadas todas as informações coletadas pelo órgão em suas mais diversas pesquisas sobre população, economia e meio ambiente.g1 > EconomiaRead More

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