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Ataque a estação de trem mata 22 pessoas na Ucrânia, diz Zelensky

Presidente Volodymyr Zelensky acusa Rússia por bombardeio em pleno Dia da Independência ucraniana, na data que marca seis meses do início da guerra. Zelenski afirmou em transmissão de vídeo ao Conselho de Segurança que mísseis atingiram um trem na pequena cidade de Chaplyne
Martin Bernetti/AFP/Getty Images
Um bombardeio atingiu a estação de trem de Chaplyne, em Dnipropetrovsk, região central da Ucrânia, deixando ao menos 22 mortos e dezenas feridos, informou nesta quarta-feira (24/08) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU.
O ataque ocorreu no feriado do Dia da Independência da Ucrânia, na mesma data em que se completa exatos seis meses desde o início da invasão russa no país.
Zelensky, que no dia anterior havia alertado para o risco de “provocações repugnantes” por parte de Moscou, afirmou em transmissão de vídeo ao Conselho de Segurança que mísseis atingiram um trem na pequena cidade de Chaplyne, a 145 quilômetros da região de Donetsk. Segundo afirmou, quatro vagões foram incendiados.
“Chaplyne é a nossa dor no dia de hoje. Até este momento, são 22 mortos”, informou. Ele disse que o número de vítimas poderá aumentar, e prometeu fazer a Rússia ser responsabilizada por seus atos. “Vamos, sem nenhuma dúvida, expulsar os invasores de nossa terra. Nenhum rastro desse mal permanecerá em nossa Ucrânia livre”, declarou.
Estações e infraestruturas ferroviárias se tornaram alvos de ataques durante a guerra. Em abril, ao menos 57 pessoas morreram em um bombardeio à estação de Kramatorsk, na região do Donbass.
Na data que marca os 31 anos da independência ucraniana da União Soviética, as autoridades relataram vários ataques em diferentes regiões do país.
ONU exige acesso a Zaporíjia
Enquanto as sirenes soavam em várias cidades ucranianas, líderes mundiais exigiam a suspensão dos ataques e reiteraram a exigência pela liberação do acesso de uma missão internacional à usina nuclear de Zaporíjia, para averiguar possíveis danos ocorridos em razão de combates nas proximidades do local.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, durante a reunião do Conselho de Segurança, que há poucas esperanças pelo fim da guerra. “Apesar dos progressos nas frentes humanitárias, os combates na Ucrânia não demonstram sinais de arrefecimento, com o surgimento de perigosos agravamentos em novas áreas”, observou.
“O dia de hoje simboliza uma marca triste e trágica. Milhares de civis foram mortos e feridos, incluindo centenas de crianças.” Guterres acusou a ocorrência de “graves violações dos direitos humanos e das leis internacionais e humanitárias, com pouca ou nenhuma responsabilização”.
O secretário-geral alertou para uma potencial catástrofe na usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, e pediu acesso à missão internacional liderada pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
Outras lideranças expressaram as mesmas preocupações do secretário-geral. “Nos últimos meses, vimos um risco emergente de uma calamidade nuclear na Europa. É deplorável que seja necessário afirmar que uma usina nuclear jamais deveria ser utilizada como base militar”, disse o embaixador da União Europeia na ONU, Silvio Gonzato.
EUA reforçam ajuda militar
Em sua mensagem de vídeo ao Conselho, Zelensky propôs que a Rússia transfira o controle da usina de Zaporíjia para a Aiea. Moscou deve encerrar sua “chantagem nuclear” e retirar suas tropas do local. Ele pediu que a Rússia seja responsabilizada pelos crimes de agressão cometidos na Ucrânia.
Em Washington D.C., o presidente Joe Biden anunciou uma nova remessa de ajuda militar a Kiev, no valor de 3 milhões de dólares.
“Sei que este é um dia ‘agridoce’ para muitos ucranianos, quando milhares foram mortos ou feridos, milhões tiveram de deixar suas casas e tantos outros caíram vítimas das atrocidades e ataques russos”, afirmou.
“Mas, seis meses de ataques impiedosos somente reforçaram o orgulho dos ucranianos de si mesmos, de seu país e seus 31 anos de independência”, disse o americano.g1 > MundoRead More

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