Justiça do México aceita acusações contra ex-procurador em caso de 43 estudantes desaparecidos
Jesus Murillo supervisionou o inquérito altamente criticado sobre o incidente em que 43 estudantes da Faculdade de Professores Rurais de Ayotzinapa desapareceram no estado de Guerrero em 2014. Especialistas internacionais disseram que a investigação de Murillo está repleta de erros e abusos, incluindo tortura de testemunhas. Parentes de estudantes desaparecidos há onze meses fazem protesto no México
Um juiz mexicano decidiu que há provas suficientes para ouvir as acusações contra o ex-procurador-geral do país Jesus Murillo em relação ao seu suposto papel no desaparecimento de 43 estudantes em 2014, e na investigação subsequente, disseram autoridades judiciais nesta quarta-feira (24).
Murillo, preso na sexta-feira na primeira detenção de alto nível de um funcionário por envolvimento no caso, é acusado de tortura, desaparecimento forçado e obstrução de justiça.
Especialistas internacionais disseram que a investigação de Murillo está repleta de erros e abusos, incluindo tortura de testemunhas.
Murillo supervisionou o inquérito altamente criticado sobre o incidente em que 43 estudantes da Faculdade de Professores Rurais de Ayotzinapa desapareceram no estado de Guerrero, no sudoeste do país.
Parentes dos 43 estudantes de Ayotzinapa desaparecidos há cinco anos exibem fotos dos jovens do lado de fora do escritório do procurador geral, na Cidade do México, na quarta-feira (25)
AP Photo/Rebecca Blackwell
A prisão acontece depois que o principal investigador de direitos humanos do México chamou os desaparecimentos de “um crime de Estado” na semana passada, marcando um dos piores abusos de direitos humanos na história do país.
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