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Cria do Palmeiras e pupilo de Diniz brilha na Série C e vive temporada mais artilheira da carreira

Cria do Palmeiras e pupilo de Diniz brilha na Série C e vive temporada mais artilheira da carreira

Com sete gols na campanha, meia-atacante Juninho lidera Ferroviária rumo ao acesso; ele fazia parte do elenco campeão da Copa do Brasil em 2015 e foi vice paulista pelo Audax em 2016 Ferroviária vira nos acréscimos e se aproxima do acesso à Série B
A caminhada da Ferroviária rumo ao acesso à Série B do Brasileiro passa muito pela boa fase de alguém que já viveu os dois lados do futebol.
Cria do Palmeiras, onde fez parte do elenco campeão da Copa do Brasil de 2015, e pupilo de Fernando Diniz no vice-campeonato paulista do Audax em 2016, o meia-atacante Juninho passou também por altos e baixos ao longo da carreira até virar um dos principais destaques do time com a melhor campanha do quadrangular decisivo da Série C e que está um passo de subir para a segunda divisão nacional após 29 anos.
Com a camisa 10 da Ferrinha às costas, ele vive, aos 29 anos, a sua temporada mais artilheira. Juninho já marcou dez vezes em 2025. Sete foram durante a Série C – o último deles na vitória por 3 a 2 sobre o Athletic-MG, em jogo com duas viradas na última segunda-feira, em Araraquara. É goleador da Locomotiva na competição.
– Esse é o melhor momento da minha carreira, em números. Já tinha feito sete gols em um ano e hoje tenho dez gols neste ano, e mais três assistências – disse o jogador, em entrevista exclusiva ao ge.
Juninho comemora gol com a torcida da Ferroviária
Foto: Carolina Borges | Ferroviária SAF
História no futebol
Natural de Rio das Pedras (SP), ele começou nas categorias de base do Rio Preto e teve outras experiências até chegar ao Palmeiras.
– Minha carreira começou no Rio Preto, aos 12 anos. Fiquei um ano no clube e fui fazer uma avaliação no Internacional, já no sub-15, mas não fiquei. Voltei para o União Barbarense e em 2010, quando terminou a idade, um olheiro do Palmeiras me viu e em 2011 eu já estava lá. Fiquei do sub-17 até o profissional – relembra.
A estreia pelo Verdão foi na Série A de 2014, ainda quando a equipe era comandada por Ricardo Gareca. Ele esteve no elenco que conquistou a Copa do Brasil em 2015.
Na campanha do título, o meia entrou em campo somente uma vez, no empate em 1 a 1 contra o Sampaio Correa, ainda na segunda fase.
– Participei do elenco campeão da Copa do Brasil, em 2015. Foi muito bom. Lá trabalhei um pouco com o Felipão, Ricardo Gareca, que me subiu para o profissional, Dorival Júnior, Oswaldo de Oliveira, Marcelo de Oliveira e depois fiquei sendo emprestado durante este período, para times da Série B e do Paulistão – relembra.
Juninho no início da carreira, no Palmeiras
Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Sucesso no Audax e empréstimos
Os empréstimos de Juninho começaram em 2016. Logo na sua primeira experiência profissional fora do Palmeiras, o jogador participou do vice-campeonato Paulista com as cores do Audax, na ocasião comandado por Fernando Diniz e sensação do estadual daquele ano.
Ele foi o camisa 10 nas principais partidas da equipe no campeonato, inclusive marcando na goleada sobre o São Paulo, por 4 a 1, pelas quartas de final. No segundo semestre, disputou a Série B pelo Criciúma.
Os gols de Audax-SP 4 x 1 São Paulo pelo Campeonato Paulista
Foi em 2017, para disputa do Campeonato Paulista, que o atleta chegou pela primeira vez à Locomotiva. Naquele semestre, a equipe conseguiu escapar do rebaixamento com uma arrancada histórica, e Juninho foi protagonista na vitória em cima do Ituano, o que deu um respiro para a equipe na fase final.
Após o estadual pela equipe de Araraquara (SP), ele rodou por Guarani, Ituano, Vila Nova, Figueirense, Mirassol, Paysandu, Paraná e Marcílio Dias-PR, além do futebol da Indonésia.
Parceria com Júnior Rocha
No ano passado, surgiu a proposta para integrar o elenco que disputou a Série D do ano passado na Inter de Limeira. O convite foi aceito pela vontade do jogador em trabalhar ao lado de Júnior Rocha, atual comandante da Ferrinha.
A parceria deu certo, e o atleta renovou para a disputa do Paulistão deste ano, quando marcou três gols – dois deles contra o Palmeiras no Allianz Parque, fazendo valer a “Lei do ex”.
Juninho comemora um dos gols contra o Palmeiras
Renato Pizzutto/Ag.Paulistão
No segundo semestre, apareceu a oportunidade de voltar à AFE. Mais experiente e rodado do que em sua primeira passagem, nem mesmo a saída de Vinicius Bergantin do comando técnico abalou a confiança do atleta. Com a contratação de Júnior Rocha, a dupla repetiu a parceria que deu certo em Limeira.
– Gosto muito de trabalhar com o Júnior Rocha. Aceitei disputar a Série D pela Inter de Limeira justamente por ele ser o treinador. Sempre joguei contra os times dele, e sempre organizados. Tinha o interesse em trabalhar com ele e surgiu essa oportunidade em Limeira, e trabalhar com ele pesou na minha escolha, além de ter outros parceiros. Foi um ano de trabalho com ele por lá. Deu certo, fomos bem na Série D, mas não conseguimos o principal do objetivo. Mesmo assim foi bom, porque o time nunca havia se classificado e nós conseguimos, mas saímos no primeiro mata-mata. No Paulistão a gente também foi bem, fiz alguns gols como titular e a preparação foi muito boa. Chegamos às quartas de final contra o Bragantino, mas perdemos – destaca.
A Ferroviária faz uma campanha sólida até aqui. Ficou invicta até a última rodada da primeira fase, quando, já classificada, perdeu para o líder Botafogo-PB, fora de casa, por 2 a 0, e avançou em terceiro.
Juninho cobra pênalti em Ferroviária x Athletic pela Série C
Carolina Borges / Ferroviária SAF
No quadrangular final, a equipe lidera o Grupo C, com sete pontos, e vai entrar em campo na segunda-feira, novamente contra o Athletic, mas desta vez em Minas Gerais, com a chance de garantir o acesso faltando ainda duas rodadas – basta uma vitória.
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Juninho teve participação direta nas duas vitórias até aqui no quadrangular, com gols diante de Athletic-MG e Londrina – ambas por 3 a 2 na Fonte Luminosa, e vive a expectativa de subir com a Ferroviária para confirmar a boa fase, mas entende que o momento é de cautela e pés no chão.
– A principal força do grupo é a humildade de todos para trabalhar. É um time trabalhador, que não tem tempo ruim. Começou com Vinícius Bergantin e a gente dava a vida nos treinos. Os resultados positivos foram acontecendo e a primeira derrota veio na última rodada da primeira fase. Mesmo assim continuamos humildes, com o pé no chão, trabalhando no projeto e com todos focados. É o nosso diferencial. Somos todos focados e parceiros um do outro. Quando um não joga, o outro está de fora apoiando. Merecemos o que está acontecendo na Série C. (…) Está muito cedo para comemorar. É continuar trabalhando e focado para conquistarmos o objetivo principal. – afirma. geRead More

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