Netanyahu diz que Hezbollah precisa ser empurrado para além de linha estabelecida em resolução da ONU no Líbano
Primeiro-ministro israelense afirmou em visita à fronteira do Líbano neste domingo (3) que o grupo extremista precisa ser desarmado e deslocado para o norte do rio Litani, objeto da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU em de 2006. Benjamin Netanyahu
PMO / REUTERS
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (3) que o Hezbollah deve ser empurrado para além do rio Litani, com ou sem um acordo de cessar-fogo, e que o grupo apoiado pelo Irã deve ser impedido de se rearmar.
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“Com ou sem um acordo, a chave para o retorno seguro dos nossos residentes (evacuados) no norte para suas casas é manter o Hezbollah além do Litani, atacar todas as suas tentativas de se rearmar e responder com força a toda ação contra nós,” disse Netanyahu durante uma visita à fronteira com o Líbano.
O rio Litani cruza o Líbano e está entre 20 e 30 km ao norte da fronteira do país com Israel, e foi objeto da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que marcou o final da Guerra do Líbano em 2006, entre israel e Hezbollah. A Resolução determinou que o sul do Líbano até o rio Litani fosse desocupado pelo Hezbollah após a retirada das tropas israelenses do país.
No entanto, a retirada de tropas do Hezbollah da região não aconteceu, e isso é utilizado como argumento por Israel para justificar a operação terrestre que forças especiais do país realizam no sul do Líbano desde 30 de setembro. Desde então, Israel realiza ataques a alvos militares do grupo extremista.
Israel x Hezbollah
Israel e Hezbollah travam uma guerra mais intensa há cerca de um mês, quando o Exército israelense iniciou uma operação em terra no Líbano contra alvos do grupo extremista.
No entanto, as agressões datam de outubro de 2023. O Hezbollah realiza bombardeios quase diários ao norte de Israel desde a eclosão da guerra na Faixa de Gaza, entre forças israelenses e o grupo terrorista Hamas –os grupos são aliados e financiados pelo Irã.
Dias antes do início da incursão terrestre, houve a explosão de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah no Líbano, em um ataque atribuído ao serviço de inteligência israelense, o Mossad.
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