Ex-capitão do Coritiba, Maurício Antônio aponta impacto do não acesso e passa carreira a limpo

Lições e reflexões fazem parte da trajetória do defensor, de 33 anos, que busca clube para 2025 Maurício Antônio analisa empate do Coritiba: “Quando a vitória não vem, toda crítica tem fundamento”
Maurício Antônio não teve o contrato renovado com o Coritiba ao fim da temporada passada. Considerado um dos líderes do elenco, o zagueiro de 33 anos falou ao ge sobre a passagem pelo Coxa, que terminou sem a conquista do principal objetivo: o acesso à elite do futebol brasileiro.
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O experiente jogador considerou que a baixa média de idade do elenco de 2024 teve um peso determinante para o insucesso do Coritiba na temporada.
— Acho que a juventude, em um campeonato duro e competitivo como a Série B, fez a diferença entre alcançar ou não o sucesso de subida de divisão — disse.
Maurício Antônio, zagueiro do Coritiba
JP Pacheco / Coritiba
A caminhada de Maurício Antônio até o Coritiba, no entanto, teve clubes tanto no Brasil quanto no exterior. O zagueiro é formado nas categorias de base do São Paulo, onde dividiu os vestiários com nomes de destaque, como Lucas e Casemiro.
— Com certeza foi um período de muito aprendizado. O São Paulo me proporcionou trabalhos técnicos e de fundamentos essenciais no futebol, que utilizamos até hoje. Além disso, a estrutura e a disciplina no clube eram excelentes, o que levava comigo para a vida profissional. Essas são as memórias mais marcantes que tenho naquele tempo — apontou.
Decepção e parceria com Neymar
Foi no São Paulo, também, a primeira decepção de Maurício Antônio no futebol. Isso porque, ele tinha a expectativa de ser aproveitado no elenco profissional, algo que não aconteceu.
— Sempre acreditei que seria aproveitado no profissional de São Paulo, principalmente porque fui convocado para praticamente todas as seleções de base no período de dois anos. Nos treinos, eu mostrei qualidade e recebia elogios, mas acabei não subindo. Tive insegurança quanto ao meu futuro, inclusive na questão financeira, mas, graças a Deus, consegui realizar meus sonhos e objetivos — destacou.
Ainda no período que atuou no Tricolor, o defensor conviveu com nomes como Neymar e Philippe Coutinho na base da Seleção Brasileira. Segundo ele, era nítido o talento diferenciado de companheiros.
— Desde aquela época, já percebíamos que eles eram diferenciados. Havia uma grande expectativa, mas acreditei que eles superaram até o mesmo que esperavam, atingindo um patamar que poucos jogadores alcançaram. É um motivo de orgulho ter jogado ao lado deles, mesmo que ainda na base. Nossa geração era muito técnica, e isso se reflete na intensidade e qualidade dos treinos — falou o zagueiro.
Maurício Antônio, do Urawa Reds Diamonds
Risa/Divulgação
Experiência fora do Brasil
No exterior, Maurício Antônio iniciou a trajetória pelo Porto B, de Portugal. A adaptação foi mais tranquila em função do idioma, mas foi no Japão que viveu momentos inesquecíveis com a camisa do Urawa Reds.
— Foi uma experiência maravilhosa, algo que eu nunca havia imaginado. Eu estive em um grande momento e consegui ter um desempenho muito bom nesses torneios, conquistando títulos que ficarão marcados na minha carreira e na minha vida. Sem dúvida, foram os troféus mais importantes que já conquistei — relembrou.
Foi pelo time japonês que Maurício Antônio conquistou a Liga dos Campeões da Ásia, o que proporcionou a classificação ao Mundial de Clubes, onde pode enfrentar Cristiano Ronaldo.
— Foi a realização de um sonho, pois não é qualquer jogador que tenha essa oportunidade. Entrei muito focado para conseguir anular o Cristiano Ronaldo e, felizmente, tive sucesso. Foi uma partida inesquecível para mim e me orgulho do que fiz em campo, especialmente por ele não ter marcado gol naquele dia — completou Maurício Antônio.
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