Primeiro jogo do Coritiba feminino no Couto Pereira vira incentivo para meninas da base do Paraná

Atletas do sub-13 do Tricolor foram liberadas do treino para assistir ao jogo da Copa do Brasil Feminina 2025 O primeiro jogo do time feminino do Coritiba no Couto Pereira, nesta quarta-feira, não contou apenas com torcedores na arquibancada. A classificação para a terceira fase da Copa do Brasil Feminina 2025, depois da vitória de 2 a 1 sobre o Rolim de Moura, serviu de inspiração para meninas que estão começando a trajetória na modalidade.
A volante Julia Agnello, de 13 anos, e a ponta Ana Beatriz Riba, de 12, fazem parte do time sub-13 do Paraná Clube feminino e estavam de olho em cada lance dos 90 minutos de jogo. O clube liberou as atletas da categoria do treino para poderem ir ao Couto.
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— É muito diferente, né? Dá vontade de jogar aqui um dia, o gramado é perfeito. As meninas jogam muito. Foi um bom jogo. A gente foi liberada para assistir porque normalmente não tem aqui em Curitiba — conta Julia.
Em bom momento na Série B, Coritiba tem moral com os adversários
Ponta que atua pelos dois lados, Ana conta que se inspira em Kerolin, atacante do Manchester City e da Seleção Brasileira Feminina, dentro de campo e que já se vê sendo empurrada pela torcida.
— Achei bom porque dá para ter uma noção como será quando a gente for maior e para ver o futebol feminino ser mais valorizado. Achei importante para a gente ter uma noção de como é um jogo feminino profissional e também como é jogar em um estádio. Imagino muita gente torcendo vendo a gente jogar, imagino a gente ganhando e dando o nosso melhor no campo — disse Ana Beatriz.
Acompanhadas do pai de Julia, Denis Almeida Napolitano, as duas começaram assistindo ao jogo sentadas nas cadeiras das sociais do estádio, mas ainda no primeiro tempo pediram para levantar e se aproximar da mureta que separa o campo do fosso do estádio. Preferiram ver a partida em pé, no detalhe.
— É um jogo bem diferente, principalmente por estar dando essa abertura para o futebol feminino. A gente é acostumado a assistir jogo do masculino, mas as meninas de parabéns, foi um jogão. Eu gosto do esporte e a minha maior satisfação é poder trazer elas para assistir. É um momento diferente, dá para a gente bater um papo, ver o que elas fazem de diferente em campo, mostrar a posição em si — disse Denis.
Ana Beatriz e Julia fazem parte do sub-13 feminino do Paraná
Rafaela Rasera
Encontro com torcida
Esta foi a primeira oportunidade que a torcida coxa-branca teve de assistir ao time feminino dentro de casa. O jogo atraiu 1.508 torcedores que encheram a parte inferior das sociais. A torcida organizada Império Alviverde esteve presente com faixas e bateria.
Entre a torcida, havia também quem estava no local pela ligação com o futebol feminino. Foi o caso de Daniele Medeiros, que acompanhou a família coxa-branca na noite gelada no Alto da Glória, mas torce para o Athletico.
Ela conta que costumava acompanhar o time feminino do Furacão, antes de ele ser interrompido pelo clube, após o rebaixamento do masculino. Agora, a torcedora pretende acompanhar mais vezes o time rival.
— É uma pena que não tem mais, mas agora a gente está acompanhando aqui. É minha primeira vez, estou gostando bastante e pretendo vir mais vezes. A minha prima também joga futebol então para a gente é bom acompanhar e a torcida ajuda a incentivar as meninas — opinou Danielle.
Coritiba vence Rolim de Moura e avança na Copa do Brasil Feminina
Luana Perdoncini/Coritiba
Coritiba classificado
Com a vitória por 2 a 1, o Coxa carimbou a vaga na terceira fase e aguarda o sorteio do próximo adversário na Copa do Brasil Feminina. Na primeira fase, o Coxa eliminou o UDA-AL, nos pênaltis.
Nesta fase, a competição passa a contar com as equipes do Brasileirão A1, a elite do futebol feminino nacional. Com isso, times como Corinthians, Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras podem ser adversários do Alviverde.
A Copa do Brasil Feminina volta a acontecer após nove anos de hiato. Em 2016, ano de sua última realização, o Audax/Corinthians foi o campeão. geRead More