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Filho de campeão por Atlético-MG e Cruzeiro, volante da Série B tem “coração dividido” na Copa do Brasil

Filho de campeão por Atlético-MG e Cruzeiro, volante da Série B tem “coração dividido” na Copa do Brasil

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Atlético-MG e Cruzeiro se reencontram e acirram ainda mais uma das maiores rivalidades do país, na abertura das quartas de final da Copa do Brasil. E quando a bola rolar nesta quarta-feira, às 19h30, na Arena MRV, um jogador mineiro estará com o coração dividido. Volante do Athletic, time que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, Fabrício Isidoro tem carinho tanto pelo preto e o branco quanto pela cor celeste.
Revelado pela Raposa, o jogador é filho de Paulo Isidoro que, apesar de ter sido campeão pelo Cruzeiro, é muito mais identificado com a torcida atleticana, com várias conquistas pelo Galo. Com o coração dividido, o volante ficou em cima do muro, não revelou para quem vai torcer, mas deseja que os rivais caminhem bem não só na Copa do Brasil, mas também no restante das competições da temporada.
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Pai e filho, Paulo Isidoro ao lado de Fabrício Isidoro. volante do Athletic
Fabrício Isidoro/Arquivo pessoal
— Vão ser dois jogos muito bons, disso tenho a certeza, mas é muito difícil torcer para algum deles. Só desejo do fundo do coração que os times de Minas Gerais conquistem os títulos possíveis — falou.
Fabrício Isidoro nasceu em Belo Horizonte. Só isso já colocaria ele em contato com a rivalidade entre Atlético-MG e Cruzeiro. No entanto, o fato de ter como pai um meia que conquistou títulos por ambas as equipes fez com que ele convivesse de forma mais intensa com esta paixão das duas torcidas.
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Paulo Isidoro atuou pelos rivais e levantou taças por ambos. No entanto, a ligação maior dele foi com o Atlético-MG, onde foi revelado e jogou por oito temporadas em três passagens.
No Galo, o pai de Fabrício conquistou o Campeonato Mineiro cinco vezes (1975, 1978, 1979, 1983 e 1986) e duas edições da Taça Minas Gerais (1975 e 1976).
Paulo Isidoro tem identificação maior com o Atlético-MG
Site Oficial do Atlético-MG
Campeão Brasileiro pelo Grêmio em 1981 e com passagens por Guarani e Santos, o meia chegou ao Cruzeiro em 1988 e ficou menos tempo do que no rival. No entanto, as três temporadas foram suficientes para que o jogador erguesse o troféu do Mineiro em 1990 e também marcasse o nome dele na história da Raposa.
Fabrício afirma que o pai foi referência para que ele se apaixonasse pelo futebol e foi fundamental para que ele gostasse da bola desde cedo.
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— Ele teve 100% do peso (de importância para Fabrício se tornar jogador). Desde que me lembro sempre joguei futebol, sempre tive uma bola por perto. Meu pai sempre me treinou e me dava conselhos. Sem dúvida foi o maior motivo para eu jogar futebol — contou.
O menino Fabrício cresceu, se tornou adolescente e foi buscar um clube para iniciar a formação. No entanto, apesar da ligação maior do pai com o Atlético-MG como jogador, o garoto foi para a Raposa.
Pai e filho, Paulo Isidoro ao lado de Fabrício Isidoro. volante do Athletic, nos tempos de Cruzeiro
Fabrício Isidoro/Arquivo pessoal
No Cruzeiro, Fabrício Isidoro atuou a partir do time sub-17 e chegou até o sub-20. A partir dali, o jogador se profissionalizaria e daria sequência à carreira.
Ele conta que, apesar de não ter sido fácil, a convivência com a rivalidade, em razão da identificação do pai com o Galo e a escolha de se formar na Raposa, foi encarada com normalidade e ajudou ele no processo de amadurecimento.
“Realmente é uma divisão pela rivalidade que os dois clubes têm, mas sempre tive muito carinho pelos dois, até mesmo pelo fato do meu pai ter atuado em ambos. E por onde meu pai anda sempre recebi muito carinho dos dois torcedores. Cresci no Cruzeiro e fui muito feliz lá”.
— (Paulo Isidoro) Sempre levou muito bem o fato de eu jogar pelo Cruzeiro. Para mim isso nunca foi um problema e nem para os meus familiares. Eu só queria ser jogador de futebol e eles só me deram apoio — disse.
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A saída da base da Raposa aconteceu 2011. A partir dali, Fabrício Isidoro começou a rodar por clubes como Democrata SL, Tupi, Villa Nova-MG e Formiga, até ir para o futebol português, onde permaneceu por oito temporadas, até 2025.
Fabrício Isidoro, volante do Athletic
Guilherme Pannain/Foto P2
Recentemente, o jogador resolveu voltar às origens mineiras e acertou com o Athletic, time que luta contra o rebaixamento na Série B do Brasileiro, comandado pelo português Rui Duarte, com quem atuou no Farense em 2017/18, em Portugal.
Perguntado se estar no meio do fogo cruzado entre atleticanos e cruzeirenses gerou situações curiosas na carreira ou em casa, ele responde que não. No entanto, o maior objetivo das pessoas era responder a outra pergunta.
— Que envolvesse a rivalidade nunca aconteceu, só algumas pessoas que ficavam tentando adivinhar o time do meu coração (risos) — concluiu.
Sem revelar para quem torce em Minas Gerais, Fabrício Isidoro e o pai terão duas partidas de mata-mata para curtirem na Copa do Brasil. Além do duelo desta quarta, às 19h30, na Arena MRV, as equipes medem forças no duelo de volta, marcado para o dia 11 de setembro, às 19h30, no Mineirão. geRead More