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Morre Allan Cole, amigo de Bob Marley que jogou no Náutico e inspirou tatuagem de Vini Junior

Morre Allan Cole, amigo de Bob Marley que jogou no Náutico e inspirou tatuagem de Vini Junior

Amigo pessoal de Bob Marley, Allan Cole, jogou no Náutico; relembre essa história
Morreu nesta terça-feira, em Kingston, capital da Jamaica, aos 74 anos, o ex-atacante e amigo pessoal de Bob Marley, Allan Cole. Para muitos o melhor jogador jamaicano de todos os tempos, Cole, ou Skill como também era chamado, defendeu o Náutico entre os anos de 1971 e 1972.
+ A história de Allan Cole, o grande amigo de Bob Marley que jogou no futebol brasileiro
Allan Cole, amigo de Bob Marley que jogou no Náutico na década de 1970
Reprodução
Sua morte foi lamentada pelo primeiro ministro da Jamaica, Andrew Holness, no X (antigo Twitter).
“O brilhantismo de Skill no futebol fez dele um dos maiores de sua geração, um jogador que carregava o orgulho e a paixão pela Jamaica a cada vez que pisava em campo”, escreveu o ministro.
Para além do futebol, Allan Cole ganhou notoriedade também por ser produtor e empresário de Bob Marley e da banda que o acompanhava, os Wailers. Além de ter colaborado com a composição de alguns dos principais sucessos de Marley, como a clássica “War”, um hino antirracista – tatuado por Vinicius Junior.
Bob Marley e Allan Cole, amigo e empresário, que jogou futebol no Náutico na década de 1970
Arquivo pessoal/Allan Cole
“Até que não existam cidadãos de primeira e segunda classe em qualquer nação. Até que a cor da pele de um homem não seja mais significante do que a cor dos seus olhos Eu digo que haverá guerra” , diz um trecho da canção composta por Cole e que virou tatuagem no corpo do atacante Vinícius Júnior, em 2021.
O atacante da seleção brasileira e do Real Madrid é uma das vozes mais combativas contra o racismo no futebol mundial.
Vini Junior tatua canção de Bob Marley
Reprodução
– Sua influência, no entanto, se estendeu muito além do esporte. Como empresário de turnê de Bob Marley & the Wailers e coautor do hino atemporal “War”, ele se tornou parte de um movimento cultural que marcou uma era e levou a voz da Jamaica ao mundo – completou o primeiro-ministro do País.
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Passagem pelo Náutico
Em outubro de 1971, o Náutico fez uma excursão pela América Central, passando por Trinidad e Tobago, Haiti e Jamaica, onde um jovem atacante rastafari de 21 anos chamado Allan Aloysius Cole Junior, ou apenas Skill, chamou a atenção.
Tanto que acabou sendo contratado pelos dirigentes alvirrubros.
“Era um tempo em que o Brasil era o melhor do time do mundo, a melhor liga do mundo, tinha os melhores jogadores do planeta. Pra mim foi uma época muito interessante e desafiadora. Ir ao Brasil naquela era foi algo extraordinário para um jogador do Caribe”, disse Cole em entrevista ao ge, em 2021.
Allan Cole, amigo de Bob Marley que jogou no Náutico na década de 1970
Reprodução/Diario de Pernambuco
A estreia pelo Timbu, em novembro, foi a melhor possível, com Cole marcando o gol alvirrubro no empate por 1 a 1 com o Sport, em um clássico amistoso.
Porém, pouco tempo depois, o atacante retornaria à Jamaica por não concordar com o que estava no contrato, uma vez que até então o acerto com os alvirrubros era “de boca”.
Porém, três meses depois, Cole mandaria um telegrama pedindo para voltar. E voltou. Agora sim com contrato assinada. Mas não brilhou.
Allan Cole em 2021
Cortesia/Steven Golden
Ao todo, o jamaicano disputou 20 partidas com a camisa alvirrubra e marcou somente três gols. Além do amistoso contra o Sport, também balançou as redes em outro amistoso, contra o Central, e também contra o Ferroviário, em uma partida válida pela Taça Eraldo Gueiros, uma competição estadual vencida pelo Timbu e que dava vaga ao Campeonato Brasileiro.
Cole terminaria sendo dispensado pelo Náutico no início de 1973. Mas a história já estava feita. geRead More