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Dólar abre em baixa com atenção voltada a indicadores do Brasil e dos EUA

Dólar abre em baixa com atenção voltada a  indicadores do Brasil e dos EUA

 Nos EUA, o governo Donald Trump quer enviar agentes de imigraçãopara fiscalizar show de Bad Bunny
O dólar começou esta sexta-feira (3) em leve queda, recuando 0,10% às 9h45, cotado a R$ 5,3339. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Os investidores seguem atentos a sinais vindos dos Estados Unidos e do Brasil. A paralisação do governo americano, chamada de “shutdown”, já provoca efeitos na agenda econômica, enquanto, por aqui, dados de atividade e questões fiscais estão no centro das discussões.
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▶️ Nos EUA, o governo completa o terceiro dia de shutdown, iniciado na quarta-feira (1º) por falta de aprovação do orçamento. Após o feriado de Yom Kippur, o Senado deve se reunir novamente nesta sexta-feira (3).
▶️ A paralisação afetou a divulgação de indicadores, incluindo o payroll — tradicional termômetro do mercado de trabalho. Sem ele, o foco recai sobre o PMI de serviços e sobre os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
▶️ No Brasil, o dia começa com a divulgação da produção industrial de agosto, que registrou alta de 0,8% na comparação com julho e, em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 0,7%. As expectativas dos economistas eram de alta de 0,3% na variação mensal e de queda de 0,8% na base anual.
▶️ Ainda no noticiário doméstico, investidores avaliam os impactos fiscais do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado. A medida é vista como fator de reforço à popularidade de Lula.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: +0,02%;
Acumulado do mês: +0,32%;
Acumulado do ano: -13,60%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: -0,99%;
Acumulado do mês: -1,53%;
Acumulado do ano: +19,72%.
Produção industrial no Brasil
A produção das fábricas brasileiras teve um avanço maior do que o previsto em agosto, após quatro meses de resultados fracos. Mesmo com os juros altos e o início de tarifas dos EUA, o setor cresceu 0,8% em relação a julho, superando a expectativa de 0,3%. Esse foi o melhor resultado mensal desde março.
Mesmo assim, em relação a agosto do ano anterior, houve uma pequena retração de 0,7%. Ainda assim, o desempenho superou as estimativas, que indicavam uma redução mais acentuada, de 0,8% no período.
Segundo o IBGE, o crescimento foi puxado por áreas como medicamentos, combustíveis e alimentos. Das 25 atividades analisadas, 16 tiveram aumento na produção.
Já os produtos químicos foram os que mais influenciaram negativamente, com queda de 1,6%. Três das quatro categorias econômicas também cresceram, com destaque para os bens usados no dia a dia.
Por outro lado, os bens ligados a investimentos tiveram queda.
Mesmo com esse resultado positivo, especialistas apontam que a indústria ainda enfrenta dificuldades por causa dos juros altos, que tornam o crédito mais caro e dificultam novos investimentos.
Senado americano avalia paralisação
O Senado dos EUA vai votar nesta sexta-feira duas propostas — uma dos democratas e outra dos republicanos — para tentar encerrar a paralisação do governo, que já dura três dias. No entanto, não há expectativa de que qualquer uma delas seja aprovada.
Os dois lados continuam sem acordo e trocando acusações sobre quem é responsável por não manter o funcionamento do governo após o início do novo ano fiscal, em 1º de outubro.
Enquanto isso, o presidente Donald Trump congelou bilhões de dólares destinados a Estados governados por democratas e ameaçou demitir mais funcionários públicos, além dos 300 mil que já devem deixar seus cargos até o fim do ano.
A paralisação já suspendeu pesquisas, divulgação de dados econômicos e o funcionamento de vários serviços.
Cerca de 2 milhões de servidores estão sem pagamento, e uma paralisação prolongada pode afetar viagens, distribuição de alimentos e até o funcionamento dos tribunais.
O Senado já rejeitou propostas semelhantes três vezes, e mesmo com maioria republicana, são necessários votos democratas para aprovar qualquer plano.
Bolsas globais
Em Wall Street, índices americanos fecharam em alta na quinta-feira, com os investidores animados pela expectativa de novos cortes na taxa de juros.
Com poucos dados econômicos previstos para os próximos dias, o mercado se apoia na perspectiva de estímulos e na ausência de grandes eventos que possam gerar instabilidade.
No fechamento de quinta, o Dow Jones subiu 0,17%, aos 46.520 pontos. O S&P 500 avançou 0,07%, para 6.716 pontos, enquanto o Nasdaq Composite teve ganho de 0,39%, aos 22.844 pontos.
As bolsas europeias começaram esta sexta-feira em alta, dando continuidade ao bom desempenho que marcou a semana. O movimento é reflexo do otimismo dos investidores, que seguem confiantes após os ganhos recentes em setores como indústria e tecnologia.
Durante o início das negociações por lá, o índice geral europeu STOXX 600 subia 0,48%. Entre os principais mercados, o FTSE 100 do Reino Unido avançava 0,66%, o DAX da Alemanha ganhava 0,12%, o CAC 40 da França subia 0,29%, o FTSE MIB da Itália tinha alta de 0,57%.
Na Ásia, os resultados foram mistos: em Hong Kong, os investidores aproveitaram os lucros recentes e venderam ações, o que fez o mercado cair após três dias de alta. Empresas de tecnologia e montadoras tiveram quedas expressivas.
Em outras partes da região, o clima foi mais positivo, com altas em países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan.
Com isso, o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,54%, encerrando o dia aos 27.140 pontos. Em Tóquio, o Nikkei subiu 1,9%, chegando a 45.769,50 pontos. O Kospi, da Coreia do Sul, teve alta de 2,70% (3.549 pontos), enquanto o Taiex de Taiwan avançou 1,45% (26.761 pontos).
Em Cingapura, o Straits Times subiu 0,38% (4.412 pontos), e em Sydney, o S&P/ASX 200 teve valorização de 0,46% (8.987 pontos).
Já os índices da China continental permaneceram fechados até o dia 8 por conta do feriado da “semana dourada”.
Dólar
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