EUA interceptam e apreendem navio petroleiro na costa da Venezuela; Maduro exige fim de ‘intervencionismo ilegal’ de Washington
Veja detalhes do USS Gerald R. Ford, maior navio de guerra do mundo, enviado para perto da Venezuela
Forças militares dos EUA interceptaram e apreenderam um navio petroleiro perto da costa da Venezuela nesta quarta-feira (10). O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou o episódio durante um evento com empresários na Casa Branca.
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Não há confirmação do nome do petroleiro, a bandeira que ele ostentava ou o local exato da interceptação. Segundo Trump, a interceptação aconteceu “por uma boa razão”.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em um evento nesta quarta nas ruas de Caracas, criticou o “intervencionismo” dos EUA na região, sem citar o petroleiro.
“Da Venezuela, pedimos e exigimos o fim do intervencionismo ilegal e brutal dos Estados Unidos, basta de políticas de mudança de regime, golpes de Estado e invasões no mundo”, disse Maduro.
“‘No more’ (não mais) Vietnã. ‘No more’ Somália. ‘No more’ Iraque. ‘No more’ Afeganistão. ‘No more’ Líbia. Basta de guerras eternas e imperialistas”, discursou, enumerando intervenções de Washington em outros países.
O episódio ocorre em meio a um enorme reforço militar dos EUA na região do Caribe, incluindo um porta-aviões, caças e dezenas de milhares de soldados. Washington afirma que a manobra faz parte de um combate ao tráfico de drogas, mas o governo da Venezuela afirma que o objetivo final seria a derrubada de Maduro e do regime chavista.
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024.
AFP/Jim Watson
A notícia fez o preço do petróleo subir, após iniciar o dia em baixa.
A Venezuela, um dos membros fundadores da Opep, exportou mais de 900 mil barris de petróleo por dia no mês passado, a terceira maior média mensal do ano até o momento, devido ao aumento das importações de nafta (um dos subprodutos do petróleo) pela estatal PDVSA para diluir sua produção de petróleo cru.
Mesmo com a crescente pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro, Washington não havia interferido no fluxo de petróleo do país.
Trump levantou repetidamente a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela.g1 > EconomiaRead More


