Veja gráfico que mostra revés eleitoral de corrente de Emmanuel Macron na Assembleia Nacional
Quando foi eleito pela primeira vez, em 2017, Macron conseguiu obter sem dificuldades uma maioria absoluta no Legislativo, com 308 deputados. Neste ano, o grupo dele conquistou 245 assentos —bem abaixo dos 289 necessários para controlar o Parlamento. O campo político do presidente Emmanuel Macron, da França, obteve 245 assentos na Assembleia Legislativa —bem abaixo dos 289 necessários para controlar o Parlamento– nas eleições que terminaram no domingo (19).
A frente de esquerda Nupes ficou com 131 assentos, a extrema-direita 89, e o partido de centro mais tradicional, o Les Republicains, 61.
Quando foi eleito pela primeira vez, em 2017, Macron conseguiu obter sem dificuldades uma maioria absoluta no Legislativo, com 308 deputados, apesar de seu partido, recém-criado, não ter nenhum deputado na época.
Emmanuel Macron acena após votar nas eleições legislativas neste domingo (19)
Ludovic Marin/AFP
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Negociações já foram iniciadas
O campo de centro do presidente francês, Emmanuel Macron, começou a se empenhar nesta segunda-feira (20) em buscar apoio de rivais parlamentares para salvar parte de sua agenda de reformas e evitar a paralisia política, depois que os eleitores os puniram em uma eleição legislativa.
Embora o grupo “Ensemble” de Macron tenha garantido o maior número de parlamentares na Assembleia Nacional de 577 assentos, ficou muito aquém da maioria absoluta em uma votação no domingo com um desempenho muito forte de uma aliança de esquerda e da extrema-direita.
Não há roteiro na França de como as coisas devem se desenrolar.
“Vai ser complicado”, disse a porta-voz do governo Olivia Gregoire à rádio France Inter. “Vamos ter que ser criativos. O que mais temo é que este país seja obstruído”, acrescentou.
O próprio Macron ainda não comentou o resultado da eleição.
Uma questão-chave é se ele tentará fechar um acordo de coalizão com os conservadores Les Republicains –que por enquanto rejeitaram essa opção– ou entrar em negociações com os oponentes, projeto por projeto.
“Vamos tentar trazer outros a bordo conosco, especialmente para convencer os poucos moderados no Parlamento a nos seguir”, disse Gregoire, acrescentando que Macron deve reorganizar seu governo nos próximos dias.
Se nenhum acordo for alcançado, a segunda maior economia da zona do euro enfrentará paralisia política.
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