Greves no sistema ferroviário devem paralisar rede de transportes do Reino Unido
Mais de 50 mil trabalhadores ferroviários farão greve na terça, quinta e sábado devido a congelamentos de salários e cortes de empregos. Imagem de estação de trem em Londres em 20 de junho de 2022
Toby Melville/Reuters
O Reino Unido deve enfrentar uma greve ferroviária na terça-feira (21) que pode ser a maior em 30 anos.
Dezenas de milhares de funcionários iniciam uma disputa salarial que os sindicatos alertam que pode levar a uma ação coordenada com outros setores.
As famílias britânicas já enfrentam o maior aperto econômico em décadas, com o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis levando a inflação para 10%, enquanto os salários médios básicos não são mais altos do que eram em 2006, quando ajustados pela inflação.
Greve de mais de 50 mil
Mais de 50 mil trabalhadores ferroviários farão greve na terça, quinta e sábado devido a congelamentos de salários e cortes de empregos — o que os sindicatos anunciam como início de um possível “verão de descontentamento” com professores, médicos e até advogados agindo em uma grande ação.
“Diante de uma agenda tão agressiva –cortes em empregos, condições, salários e pensões– o (sindicato) RMT não tem escolha a não ser defender industrialmente nossos membros e parar esta corrida ao fundo do poço”, disse Mick Lynch, secretário-geral dos trabalhadores ferroviários, marítimos e de transporte (RMT).
Ele afirmou que as negociações de última hora fracassaram, o que significa que as greves desta semana continuarão e que mais foram planejadas.
O primeiro-ministro Boris Johnson disse que os sindicatos estavam prejudicando as pessoas que alegavam estar ajudando.
“Ao seguir em frente com essas greves, eles estão afastando os passageiros que, em última análise, apoiam os empregos dos trabalhadores ferroviários, ao mesmo tempo em que impactam empresas e comunidades em todo o país”, disse Johnson em comunicado.
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