Banco Central aumenta de 1% para 1,7% a previsão de crescimento do PIB em 2022
PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia. Previsão do BC supera a do governo, que estima alta de 1,5%. O Banco Central passou de 1% para 1,7% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano.
A informação divulgada nesta quinta-feira (23) em apresentação feita pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia.
Especial g1: entenda o que é PIB
A previsão do Banco Central para o crescimento da economia brasileira supera a divulgada pelo governo federal. Pelas projeções do Ministério da Economia, o PIB deve crescer 1,5% neste ano.
Na apresentação feita por Guillen, o BC explica que aumentou a projeção em razão do resultado positivo do primeiro semestre do ano.
A instituição afirma que “a surpresa positiva no PIB do 1º trimestre e a previsão de nova alta no segundo elevam o carregamento estatístico para 2022”.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 1% nos primeiros três meses deste ano.
Já para o segundo semestre deste ano, o Banco Central espera desaceleração da atividade econômica.
Segundo o Banco Central, a incerteza permanece maior do que a usual em razão da guerra na Ucrânia e dos riscos crescentes de desaceleração da economia global.
O BC avalia ainda que, pela ótica da oferta de produtos e serviços, destacam-se para o ano as altas nas previsões para indústria e serviços, refletindo, especialmente, o resultado no 1º trimestre e o esperado pelo segundo trimestre.
Já pelo lado da demanda, o BC destaca a projeção de alta no consumo das famílias e a projeção de recuo nos investimentos.
Outras projeções
Além do PIB, o Banco Central atualizou outras projeções para este ano:
previsão de superávit da balança comercial em 2022 passou de US$ 83 bilhões para US$ 86 bilhões, o que, se confirmado, será um saldo comercial recorde. Segundo o BC, “preços mais pressionados explicam a revisão altista no valor exportado e importado”;
previsão para o crédito bancário em 2022 passou de 8,9% para 11,9%. Segundo o BC, a nova previsão “inflação mais alta, atividade econômica mais forte, mudanças no consignado e incorporação de novas concessões no âmbito de Pronampe e Peac”. BC pondera que o cenário ainda é de “desaceleração em relação ao robusto crescimento registrado em 2020 e 2021, em linha com aperto monetário vigente;
previsão para as contas externas em 2022 passou de US$ 5 bilhões para US$ 4 bilhões.
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