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Dólar abre em alta, com investidores repercutindo Copom e Fed

Dólar abre em alta, com investidores repercutindo Copom e Fed

 No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,66%, cotada em R$ 5,6546. Com o resultado, fechou o mês com valorização de 1,18%. O principal índice de ações da bolsa, por sua vez, encerrou com um avanço de 1,20%, aos 127.652 pontos. Dólar
Karolina Kaboompics/Pexels
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (1°), com investidores repercutindo as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Ontem, as duas instituições decidiram manter suas taxas de juros inalteradas. No Brasil, a taxa Selic permaneceu em 10,50% ao ano, mas com sinalizações de que o Copom está cauteloso com o cenário econômico.
Já nos Estados Unidos, o Fed manteve os juros em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Em entrevista a jornalistas, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um corte na taxa poderá ser discutido na próxima reunião, caso os dados econômicos caminhem conforme o esperado.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h05, o dólar subia 0,27%, cotado a R$ 5,6693. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,66%, cotada em R$ 5,6541.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,07% na semana;
ganho de 1,18% no mês;
alta de 16,52% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 1,20%, aos 127.652 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 0,12% na semana;
ganhos de 3,02% no mês;
perdas de 4,87% no ano.

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No Brasil, o Copom optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, numa decisão que já era amplamente esperada pelo mercado financeiro.
A novidade dessa reunião, porém, foi o tom mais duro do comunicado, que reforçou a perspectiva de que o colegiado pode voltar a subir os juros se julgar necessário. O Comitê afirmou que “segue vigilante” e que eventuais ajustes na taxa básica seguirão o “firme compromisso” da instituição em convergir a inflação à meta.
“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”, diz trecho do documento.
Já no exterior, a decisão do Fed já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última decisão, em junho — chegando, agora, à oitava reunião consecutiva de juros inalterados.
Em entrevista a jornalistas, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que um corte na taxa poderá ser discutido na próxima reunião, caso os dados econômicos caminhem conforme o esperado.
“Uma redução em nossa taxa básica de juros pode estar na mesa já na próxima reunião, em setembro”, disse Powell. “As leituras de inflação do segundo trimestre aumentaram nossa confiança, e novos dados positivos fortaleceriam ainda mais essa confiança.”
Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) afirmou que, nos últimos meses, houve algum progresso adicional em direção à sua meta de inflação, que é de 2%.
Apesar disso, voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha “maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável” para a meta. Segundo o colegiado, a inflação diminuiu no ano passado, “mas continua um pouco elevada”.
O Fomc também destacou que está “preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos”.
Sobre o mercado de trabalho, o comitê afirmou que “os ganhos no emprego permaneceram moderados e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa”. Disse ainda que “os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se mover para um melhor equilíbrio”.
O colegiado ponderou, no entanto, que a perspectiva econômica é incerta, e que segue “atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo”.
Participantes do mercado acreditam que o corte deve acontecer já em setembro, tendo em vista o ambiente inflacionário mais controlado na maior economia do mundo.
O PCE — que é o índice de inflação preferido do Fed, pois considera, em seu cálculo, apenas uma cesta dos bens e serviços mais utilizados pela população em determinado período — desacelerou no último mês a 2,5% na taxa anual, em linha com as projeções.
Antes do comunicado do Fomc, a ferramenta de monitoramento das expectativas FedWatch, do CME Group, 89,6% dos participantes do mercado esperam que os juros caíam 0,25 pontos percentuais em setembro, dando início ao ciclo de cortes.g1 > EconomiaRead More   

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