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Persistência e talento: o caminho da vitória do Fluminense

Persistência e talento: o caminho da vitória do Fluminense

Tricolor encontrou dificuldades para produzir ofensivamente, mas encontrou o gol da vitória com a participação de jogadores que começaram na reserva Foi sofrido, mas o resultado tão buscado pelo tricolor carioca veio nos últimos minutos. Depois de sofrer para superar a boa marcação do Atlético Mineiro em grande parte do jogo, o Fluminense foi premiado. Mérito de uma equipe que soube superar momentos ruins com paciência e agressividade, e contou com a qualidade oriunda do banco de reservas para chegar ao 1×0.
Lima fez o gol da vitória em assistência de Keno, mas participação decisiva de Marcelo na origem do lance. O lateral usou da sua imprevisibilidade e inteligencia para enganar a marcação de Palácios, que havia entrado para marcá-lo nos últimos mintos, e achou o ponta tricolor em profundidade. O Atlético caiu muito de produção depois de começar bem a 2ª etapa.
Escalações
Mano Menezes optou pela escalação de Diogo Barbosa na lateral-esquerda. Marcelo ficou no banco. Já Gabriel Milito escolheu Bruno Fuchs para fazer a lateral-direita. Saravia foi desfalque e Mariano iniciou entre os reservas. Alan Franco e Fausto Vera formaram a dupla de volantes.
Como Fluminense e Atlético Mineiro iniciaram o 1º jogo das quartas de final da Libertadores 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
A finalização perigosa de Kauã Elias da entrada da área, logo no primeiro minuto da partida, passou a ideia de que o Fluminense conseguiria pressionar o Atlético na 1ª etapa, mas não foi exatamente isso o que aconteceu. Primeiro pela boa marcação por encaixes e perseguições do Galo. Segundo pela certa demora tricolor em encontrar as melhores situações para superar o cenário.
O alvinegro definia os alvos da seguinte forma. Fuchs marcava Serna. Arana seguia Arias. Battaglia e Alonso se revezavam entre ser o zagueiro da ”sobra” e acompanhar Kauã Elias. Bernard em Bernal, Franco em Martinelli, e Fausto Vera em Ganso eram as definições de marcação do centro do campo. Hulk se dividia entre os zagueiros. Paulinho e Scarpa vigiavam Samuel Xavier e Diogo Barbosa.
Esses alvos eram trocados de acordo com os movimentos dos jogadores do Fluminense. O Galo novamente executou isso de forma organizada, sem permitir lacunas nos setores, mas viu a situação começar a mudar com a ida de Jhon Arias para a esquerda perto dos 25 minutos. Ele trocou de lado com Serna, e conseguiu gerar vantagens sobre Bruno Fuchs.
Mais rápido que o zagueiro, inteligente para atraí-lo para fora da linha de defesa atleticana, conseguiu participar de três boas jogadas antes do término do 1º tempo. Na melhor delas, Kevin Serna furou um cruzamento preciso de Diogo Barbosa. De todos os movimentos feitos pelo Fluminense para fugir da arapuca montada por Milito, este foi o que gerou melhores resultados.
Arias em Fluminense x Atlético-MG
LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.
Kauã Elias foi outra peça importante. Se moveu com desenvoltura para tirar os zagueiros de suas posições. Não conseguiu tal objetivo com frequência, mas somou boas ações técnicas para os anfitriões. O Atlético também teve seus momentos com a bola. Não tinha como estratégia um jogo reativo. Tanto que terminou a 1ª etapa com mais posse em relação ao adversário.
Conseguiu duas finalizações de relativo perigo da entrada da área com Bernard e Hulk, mas faltou precisão ao se aproximar da área. Trabalhava a bola bem até o terço final do campo, trocava passes curtos, e não encontrava as soluções quando a defesa do Fluminense estava postada.
Guilherme Arana novamente esteve um pouco mais comedido ofensivamente. Não se projetou tanto em amplitude como em grande parte do trabalho de Milito. Isso fez com que Paulinho preservasse um posicionamento mais aberto pela esquerda. Só ganhava liberdade para ir ao centro quando o lateral passava. Pela direita, Scarpa e Bernard trocaram alguns bons passes, mas nada tão efetivo.
Hulk em Fluminense x Atlético-MG
Daniel RAMALHO / AFP
A volta para o 2º tempo revelou uma má notícia para a torcida tricolor. Thiago Silva, que sentira lesão na reta final da etapa inicial, foi sacado para a entrada de Antônio Carlos. O Galo assumiu as rédeas da partida. Ocupava bem os espaços para circular a bola e trocava passes com desenvoltura. Viu Hulk obrigar Fábio a fazer boa defesa antes dos cinco minutos, mas o cenário durou pouco.
O Fluminense já tinha reequilibrado as ações quando Mano mexeu três vezes em uma única parada. Marcelo, German Cano e Lima entraram. Diogo Barbosa, Serna e Martinelli saíram. Era um time mais talentoso e leve em campo. O Maracanã se inflamou e o time retomou de vez a confiança. Voltou a ocupar o campo de ataque e empurrar os mineiros para trás.
Por mais que esse panorama sofresse pequenos intervalos de desafogo do Galo, um deles em boa chance desperdiçada por Paulinho, o Fluminense era mais agudo na busca pelo resultado. Marcelo tirou da cartola a jogada diferente que dele se espera.
Variou para o meio, se livrou do encaixe de Palácios, e achou Keno em profundidade. O cruzamento do camisa 11 encontrou a cabeçada certeira de Lima aos 42 minutos. Um empate em Belo Horizonte leva o Fluminense para mais uma semifinal de Libertadores. geRead More

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