RÁDIO BPA

TV BPA

Mundial do Queijo tem brasileira em 2° lugar e até iguaria com cachaça

Evento ocorreu em São Paulo entre os dias 15 e 18 de novembro. Cerca de 1200 queijos foram inscritos e suíço levou a 1ª colocação. Mesa com queijos e laticínios no II Concurso Mundial do Queijo no Brasil
Celso Tavares / g1
Com uma estimativa de cerca de 1200 produtos, o 2° Mundial do Queijo e Produtos Lácteos do Brasil, que aconteceu entre os dias 15 e 18 de setembro, na cidade de São Paulo, tinha variedades para todos os paladares, do mais suave aos mais fortes, além de ingredientes especiais, como a cachaça.
O evento foi uma reunião de queijeiros do Brasil, México, Panamá, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Inglaterra e País de Gales.
Organizado pela associação SerTãoBras, o Guilde Internationale des Fromager e com apoio de diversas empresas, o concurso teve como vitorioso o queijo suíço, Gruyère Reserve, que foi defendido por um dos jurados como tendo um sabor que lembrava a sua infância.
Os produtos vencedores do concurso são decididos por uma mesa de jurados, que devem argumentar o porquê de seu queijo favorito merecer ganhar e angariar votos dos demais jurados.
O Brasil conseguiu o segundo lugar, com um queijo feito de leite de caprinos, o queijo azul de cabra Dolce Bosco, produzido em Joanópolis (SP), pela Capril do Bosque e a mestre queijeira Heloisa Collins.
Contudo, existem outras premiações: superouro, ouro, prata e bronze. Ao todo 484 medalhas foram distribuídas. Confira a lista de ganhadores aqui.
Leia também:
Produtora de MG supera machismo para desenvolver queijo reconhecido na França
Doce Romeu e Julieta tem nome inspirado em campanha publicitária com a Turma da Mônica
Pão de queijo não existiria sem a mandioca
Jurados votam queijos vencedores no II Concurso Mundial do Queijo no Brasil
Celso Tavares / g1
Dentro do Teatro B32, na região da Faria Lima, 1133 queijos e produtos lácteos se espalhavam pelas mesas, enquanto os 180 jurados provavam e avaliavam, com direito a mordidas em maçãs para renovar o paladar.
Eles tinham a missão de avaliar 4 princípios: características exterior e interior, textura, aromas e sabores, explica Vanessa Alcoléa, organizadora do concurso e mestre queijeira.
No local, apenas os jurados podiam degustar, mas ao lado de fora dezenas de barracas estavam distribuídas, permitindo que visitantes pudessem provar os queijos e comprar os seus favoritos.
Além dos tradicionais, era possível experimentar sabores mais exóticos, como queijo maturado no café, na cachaça ou na pimenta.
Feira de laticínios no II Concurso Mundial do Queijo no Brasil
Celso / Tavares
Para os queijeiros na feira, o produto, muito mais que um alimento, é também uma oportunidade de celebrar as histórias de sua região, como explica Geraldo Maciel, de Calambau (MG).
“A gente conta a história da nossa cidade. Na época do império, a região de Calambau atendia Ouro Preto e Mariana com tropas. Em uma das viagens, um pote de cachaça abriu e foi derramando em cima do queijo. Então, conhecendo essa lenda, a gente desenvolveu o queijo Calambau maturado na cachaça”, diz.
Geraldo conseguiu uma medalha de prata pelo requeijão barra condimentado e duas de bronze, com seu requeijão Calambau ouro com açafrão e o queijo paladar de Minas padrão.
Geraldo Maciel e sua esposa Glaucienne no II Concurso Mundial do Queijo no Brasil, com os queijos de cachaça e de pimenta.
Celso Tavares / g1
O valor da história também é mencionado por Maria Teresa Boari, da queijaria Jacuba, que produz queijo Minas artesanal. “Ele tem um modo de fazer tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ele tem que ser feito como era no Brasil Colônia”, afirma.
O queijo Minas artesanal precisa ser feito seguindo a receita do Iphan, que inclui o uso do leite cru, a salga a seco, a prensa a mão e a proibição do uso do fermento industrial, devendo ser feito o processo do pingo.
Teresa Boari e seu marido, com o queijo Jacuba no II Concurso Mundial de Queijo no Brasil.
Celso Tavares / g1
Esses detalhes são fundamentais, inclusive para vencer o concurso. “Ele não basta ser gostoso, tem que estar dentro das características para aquele tipo de queijo”, explica o jurado Eduardo Girão.
Essa é a segunda edição do Concurso Mundial do Queijo no Brasil. O primeiro foi em Araxá (MG), em 2019.
Mesas com queijos sendo julgados por jurados no II Concurso Mundial do Queijo
Celso Tavares / g1
Saiba também:
Bambu vira farinha e seu broto entra em receita de sorvete e pão de queijo
Caju pode virar até ‘queijo’, mas não é fruta
Veja vídeos sobre queijo:
Queijo Cabrales: Uma especialidade curada nas cavernas das Astúrias:
Queijo Cabrales: Uma especialidade curada nas cavernas das Astúrias
Suíços produzem queijo vegano de castanha de caju:
Suíços produzem queijo vegano de castanha de caju
Aprenda a fazer um pão de queijo com broto de bambu:
Aprenda a fazer um pão de queijo com broto de bambug1 > EconomiaRead More

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *