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Efeito do tarifaço: bolsas da Ásia e da Europa despencam após Wall Street derreter na sexta

Efeito do tarifaço: bolsas da Ásia e da Europa despencam após Wall Street derreter na sexta

 Mercado futuro dos EUA também mostra fraqueza. O resultado vem após o derretimento de Wall Street na última sexta (4), causado pela reação da China às tarifas impostas por Donald Trump. Tarifaço: quedas no mercado asiático deixam economia mundial em alerta
As ações da Ásia e da Europa voltaram a despencar nesta segunda-feira (7), ainda repercutindo os efeitos do “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a retaliação da China — o que tem provocado um grande temor de uma guerra comercial pelo mundo.
O resultado representa o terceiro pregão consecutivo de quedas generalizadas e expressivas nas bolsas de valores pelo mundo inteiro. Na última semana, as bolsas de Wall Street, as principais do mundo, derreteram até 10%, com o mercado reagindo mal às medidas de Trump.
Na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia foi de derretimento, com destaque para a bolsa de Hong Kong, que despencou 13,22%. Já o o CSI 1000, da China, caiu 11,39%.
Na Europa, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as principais ações do continente, fechou em queda de 4,31%.
Nas Américas, o pregão está em andamento, com os principais índices de Wall Street em queda. Por volta das 14h, o Dow Jones caía 2,54%; o S&P 500 caía 1,98%; e o Nasdaq caía 1,71%.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, caía 1,74% por volta das 14h, aos 124.986 pontos. O dólar está em alta e chegou a R$ 5,93 na máxima do dia.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas da Europa:
🇩🇪 o DAX, da Alemanha, caiu 4,26%;
🇫🇷 o CAC 40, da França, caiu 4,78%;
🇬🇧 o FTSE 100, do Reino Unido, caiu 4,56%;
🇮🇹 o Itália 40, da Itália, caiu 5,19%;
🇪🇸 o IBEX 35, da Espanha, caiu 5,14%;
🇳🇱 o AEX, da Holanda, caiu 4,42%;
🇨🇭 o SMI, da Suíça, caiu 4,76%.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas:
🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, caiu 13,22%
🇨🇳 o CSI 1000, da China, caiu 11,39%
🇯🇵 Nikkei 225, do Japão, caiu 7,68%
🇬🇸 Kospi, da Coreia do Sul, caiu 5,57%
🇮🇳 Nifty 50, da Índia, caiu 3,24%
Os preços do petróleo também registram baixa nesta segunda. Tanto a cotação do barril de petróleo do tipo Brent, quanto do WTI recuam cerca de 1,40%, também por volta das 14h.
A queda no preço do petróleo é consequência de uma expectativa por menor demanda por commodity nos próximos meses, se uma guerra comercial entre as maiores economias do mundo se concretizar.
Um dos principais efeitos de uma guerra comercial, com aumento generalizado de tarifas, é o aumento da inflação nos países que aplicam essas taxas e uma redução nos níveis de consumo e comércio em todo o mundo. Se a expectativa é de uma atividade econômica mais fraca, o petróleo recua.
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Movimento nas moedas
O índice DXY, que mede o preço do dólar em relação a algumas das principais e mais seguras moedas do mundo, inverteu o sinal e passou a operar em alta na tarde desta segunda. Por volta das 14h, subia 0,38%.
O euro também está se desvalorizou em relação ao dólar, caindo para US$ 1,0932, ante US$ 1,0962 registrados no último pregão.
No Japão, porém, o dólar caiu para 145,98 ienes japoneses, ante 146,94. A moeda japonesa é frequentemente vista como um porto seguro em tempos de turbulência.
Investidores chineses monitoram preços das ações em uma corretora em Pequim
Mark Schiefelbein/AP
Crise em Wall Street
Na sexta-feira (4), a pior crise de Wall Street desde a Covid entrou em uma nova fase. O S&P 500 despencou 6%, o Dow caiu 5,5% e o Nasdaq recuou 5,8%.
As perdas vieram após a China reagir ao grande aumento de tarifas de Trump anunciado na semana passada, elevando as apostas em uma guerra comercial que pode terminar em uma recessão global.
Até agora, houve poucos ou nenhum vencedor nos mercados financeiros com a expectativa de guerra comercial. As ações de 486 das 500 empresas do S&P 500 caíram na sexta-feira. O S&P 500 está 17,4% abaixo do recorde registrado em fevereiro.
A resposta da China às tarifas dos EUA causou uma aceleração imediata das perdas nos mercados ao redor do mundo. O Ministério do Comércio de Pequim anunciou que responderia às tarifas de 34% impostas pelos EUA sobre importações da China com sua própria tarifa de 34% sobre todos os produtos dos EUA a partir de 10 de abril, entre outras medidas.
Trump não está incomodado
Trump parecia despreocupado. De Mar-a-Lago, seu clube particular na Flórida, ele foi ao seu campo de golfe a poucos quilômetros de distância após escrever nas redes sociais: “Esse é um ótimo momento para ficar rico”.
Mais cedo neste domingo (6), o presidente dos EUA postou na sua rede social Truth Social que as tarifas ‘já estão trazendo dezenas de bilhões de dólares’ para o país e que ‘são uma coisa linda de se ver’. Segundo ele, as tarifas seriam a única maneira de curar os déficits financeiros com a China, a União Europeia e outros países.
“Temos enormes déficits financeiros com a China, a União Europeia e muitos outros. A única maneira de curar esse problema é com TARIFAS, que agora estão trazendo dezenas de bilhões de dólares para os EUA. Elas já estão em vigor e são uma coisa linda de se ver. O superávit com esses países cresceu durante a “presidência” do sonolento Joe Biden. Vamos reverter isso, e reverter RAPIDAMENTE. Algum dia as pessoas perceberão que as tarifas, para os Estados Unidos da América, são uma coisa muito linda!'”, escreveu o, presidente.
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